Dados da Secretaria de Saúde mostram que o número de casos de caxumba no Distrito Federal dobrou em relação ao ano passado. Segundo a pasta, até o dia 27 de abril foram 457 ocorrências da doença. No mesmo período de 2018, a Saúde contabilizou 222 registros.
A vacina é uma das principais medidas preventivas contra a caxumba. Por isso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal reforça a necessidade de a população atualizar as cadernetas de vacinação, conferindo se todas as doses estão em dia.
Na rede pública, a vacina contra caxumba está na rotina do Calendário Nacional de Vacinação, e também tem sido aplicada nas unidades básicas de saúde (UBS) durante a campanha contra a gripe, que vai até 31 de maio. Trata-se da vacina tríplice viral, que previne caxumba, sarampo e rubéola, e é aplicada nas crianças aos 12 meses de vida, reforçada pela vacina tetra viral (previne caxumba, sarampo, rubéola e catapora), aplicada aos 15 meses de vida.
As crianças acima de cinco anos de idade até pessoas com 29 anos, que não foram vacinadas anteriormente, deverão receber duas doses da vacina tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre as aplicações. Para as pessoas com idade entre 30 e 49 anos, que não foram vacinadas anteriormente, é necessário apenas uma dose da vacina tríplice viral.
Agora, se a pessoa já tiver duas doses, ela é considerada vacinada, portanto, não é necessário tomar mais nenhum complemento na vida.
A Secretaria de Saúde também informa que a ocorrência de dois ou mais casos de caxumba em um determinado local, a unidade básica de saúde mais próxima deverá ser informada o quanto antes, para que as devidas providências sejam tomadas pela equipe de saúde.
Também é possível acionar a equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) pelos telefones 0800 6457089 ou 99221-9439, ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
PREVENÇÃO
Para reduzir o risco de adquirir ou transmitir a caxumba, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, como:
– Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– A pessoa que está com a caxumba deve ser afastada das suas atividades por um período de 10 dias;
– Se tiver alguma gestante no 1º trimestre de gravidez, no ambiente de ocorrência do surto, ela deverá ser afastada;
– Evitar o contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de caxumba.
LEMBRE-SE
O contágio caxumba se dá por meio do contato com gotículas de salivas de pessoas infectadas ao tossir, falar ou espirrar. Já as manifestações mais comuns, quando ocorrem, são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares, ao mastigar ou engolir, além de fraqueza.
Uma das principais características da caxumba é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar.
Na situação de notificação de casos aglomerados, os pacientes devem ficar isolados e deve ser avaliada a caderneta de vacinação de todos que tiveram contato com eles.
Com as complicações da caxumba podem ocorrer comprometimento do sistema nervoso central (meningoencefalite), inflamação dos testículos (orquite) ou dos ovários (ooforite). A caxumba também pode levar à surdez, embora os casos sejam muito raros. Durante a gravidez, a doença pode levar à aborto espontâneo.