O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), criou, nesta quarta-feira (20/3), um grupo que será responsável por decidir as questões que entrarão ou ficarão de fora no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O objetivo, segundo o Inep, é “verificar a sua pertinência com a realidade social”.
Serão três pessoas que participarão do grupo: secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marco Antônio Barroso. O diretor de Estudos Educacionais do Inep, Antonio Maurício das Neves. Por último, o representante da sociedade civil, Gilberto Callado de Oliveira.
Eles terão 10 dias para concluir a análise e emitir recomendações sobre os usos das questões na montagem da prova. Posteriormente, o diretor da Avaliação Básica fará outro parecer sobre as considerações da comissão. O presidente do Inep, Marcus Vinícius Rodrigues dará o parecer final.
A comissão inclui ainda um ex-aluno do ministro da educação Ricardo Vélez Rodríguez e terá acesso ao ambiente de segurança máxima onde ficam as perguntas da prova para “verificar sua pertinência com a realidade social, de modo a assegurar um perfil consensual do exame”, segundo o ministério.
Em nota, o Inep informou que nenhum item será descartado já que o processo de elaboração das questões é "longo e oneroso". Ainda de acordo com o Inep, as questões consideradas "dissonantes" serão "separadas para posterior adequação, testagem e utilização, se for o caso".
Essa é a primeira medida oficial do governo para a Educação. O Enem é a principal porta de entrada para as universidades do país. Mais de 5,5 milhões de jovens e adultos participaram da última edição do exame.