Foto Luiza Frazão
O último dia da Quinta Cultural do Na Praia foi fechado com chave de ouro pelo samba contagiante de Zeca Pagodinho. Famílias inteiras estavam presentes, na noite que encerrou as Quintas Culturais do Na Praia 2019.
Com um público participativo de cerca de 10 mil pessoas em sua maioria na melhor idade, Zeca mostrou porque é considerado um dos maiores sambistas do Brasil.
O grupo de abertura 7NARODA chegou com tudo! Abrindo pela segunda vez o show de Zeca Pagodinho em Brasília (a primeira vez foi em 2010), fez bonito, com um repertório bem selecionado que colocou dos presentes para dançar e cantar, tocando clássicos dos samba de Martinho da Vila, Almir Guineto, Dona Ivone Lara, Fundo de Quintal, e muitos outros além de duas músicas autorais e o Taj Mahal de Jorge Bem Jor.
Foto Luiza Frazão
Vinícius de Oliveira que toca violão, banjo e é cantor, no Grupo 7naRoda, falou sobre o show. “Para nós é um orgulho enorme participar desse grande evento que é o Na Praia, e uma honra sermos lembrados pela produção da R2. Assim como também é uma grande responsabilidade abrir para o Zeca Pagodinho, um privilégio enorme. Esse peso que ele tem em sua trajetória musical dedicando-se a manutenção do samba, para mantê-lo vivo, é de grande valia e para nós, uma alegria sem tamanho. Não consigo descrever a felicidade que sentimos, não consigo traduzir em palavras!”, relatou para Revista Águas Claras.
Zeca subiu ao palco acompanhado pela banda liderada pelo violonista Paulão 7 Cordas com 10 instrumentistas. No repertório, sambas de sucesso do primeiro disco solo, que ultrapassou a marca de um milhão de cópias nos anos 80, que fizeram de Pagodinho um dos artistas mais respeitados em do Brasil, e fora dele, em seus 35 anos de carreira, como Casal sem vergonha, Judia de mim, Coração em desalinho, Brincadeira tem hora, Coração em desalinho, Verdade, Deixa a vida me levar e Vai vadiar, e muitas outras fizeram o púbico cantar em coro com muita alegria por 1h10 minutos de show impecável.
Aline Zanela veio de Anápolis com o pai e conseguiu jogar ao palco um cartaz que trouxeram para Zeca Pogodinho que o guardou prontamente. Visivelmente emocionada, Aline contou “Meu pai tem 65 anos e é muito fã dele, ali expressou seu carinho e tudo o que queria era conseguir tirar uma foto com o Zeca”.
Mas a alegria também foi estava com a família da advogada Stephanie Costa, 30 anos. A avó aposentada Maria Izalete Costa, 71 anos era pura felicidade! Grudada na grade não poupou sorrisos dançando e cantando todas as músicas “Minha neta é maravilhosa, tudo de bom! Ela me proporcionou esse prazer de ir ver de pertinho o Zeca Pagodinho porque sou fã dele há muito tempo. Ele é uma pessoa nota 10. Esta sendo um privilégio estar aqui com minha neta e meu futuro genro, se deus quiser. Esta sendo tudo de maravilhoso! Deus abençoe!”.
Dona Maria Izalete Costa, pura alegria - Foto Luiza Frazão
Em novembro de 2018, foi a última vez que Zeca esteve na capital em um show ao lado de Maria Bethânia, realmente os fãs estavam saudosos. Tanto que o retorno de Zeca para o Bis foi aguardado com entusiasmo com a música No bagaço da laranja, com a qual encerrou o show.
O publico contagiado pela forte energia que tomou conta do lugar após o show do sambista, permaneceu com sorriso no rosto curtindo a música mecânica. Foi o caso de Loremar Hreisemnou 62, aposentado “Poder vir a esse evento maravilhoso, completo e com minha família é algo fenomenal, ainda mais com o Zeca pagodinho. Cantamos e dançamos todas as músicas e ainda temos fôlego para mais, o show acabou, mas não queremos ir embora. Esse evento deveria ser contínuo e não apenas uma vez por ano. Estão todos de parabéns, desde a equipe que nos recebe na porta ao pessoal do atendimento nos bares e a segurança, aliás, nem precisava de segurança tamanha educação dos presentes. A festa é linda, o ambiente incrível e os momentos dessa noite aqui com os meus levarei para sempre! Obrigado!”.
Doremar Hreisemnou com a família. Memória afetiva. Foto Luiza Frazão
Fica agora a ansiedade do publico brasiliense para as próximas quintas culturais e as surpresas que reservam. Que venha Na praia 2020!