Diferentemente do afirmado no site oficial da PMDF, o acusado utilizou de uma rede social para desmentir os policiais, afirmando que portava a documentação necessária para andar com o armamento na hora da blitz que ocorreu na última segunda-feira (11), em Águas Claras.
No vídeo gravado, Thiago se identificou como instrutor de tiro e atirador esportivo há mais de 10 anos. Durante a abordagem dos militares do BPTran, o instrutor relatou ao policial que estava armado e apresentou o Certificado de Registro (CR), CAC (colecionador, atirador e caçador) e o CRAF (Certificado de Registro de Arma de Fogo). Mesmo apresentando os documentos, o policial chamou um superior para tratar a abordagem.
"O superior chegou de uma forma diferente, uma abordagem mais brusca. Ele relatou que o documento apresentado não valia de nada, apesar de não ter lido o documento em momento algum. Me informou que eu seria conduzido até a delegacia, mesmo com todas as minhas explicações. O superior foi irredutível, começando a ser ríspido. Decidi, portanto, ir a delegacia para que pudesse ser esclarecido. Nesse momento, o superior me deu ordem de prisão. Fui com o carro até a delegacia".
Ao chegar na 21ª DP de Taguatinga, o instrutor relatou que os policiais começaram a desconhecer a documentação e queriam atuar o homem por calibre restrito. No Decreto 9.785, o Exército decidiu por classificar a pistola 9mm – arma que o instrutor portava como uso permitido, portanto, não haveria possibilidade de atuação por calibre restrito. O instrutor relatou que foi desvestido, algemado dentro de uma cela da delegacia. Atuado por posse ilegal de arma, mediante a fiança, o instrutor preferiu esperar a chegada do advogado. Com a chegada do advogado, Thiago relatou que o tratamento dos militares mudou, começando a ouvir a versão do instrutor.
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