O clima seco e a baixa umidade do ar têm gerado preocupação entre as autoridades e a população de Brasília
Nesta sexta-feira (4), Brasília registrou o maior período de seca de sua história, com 164 dias consecutivos sem chuvas, ultrapassando em um dia o recorde anterior, que havia sido estabelecido em 1963. O fenômeno reforça o impacto da longa estiagem no Distrito Federal (DF), onde o clima seco e a baixa umidade do ar têm gerado preocupação entre as autoridades e a população.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) acionou o alerta laranja para a baixa umidade no DF, com previsão de índices de até 15% nas horas mais quentes do dia. A situação não se restringe apenas ao Distrito Federal: outros sete estados também estão sob o mesmo alerta, incluindo Goiás, Piauí, Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de queimadas no DF aumentou em 269% este ano, com 75 mil registros apenas no mês de setembro. A estiagem prolongada e as queimadas têm agravado a qualidade do ar e trazido riscos à saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Diante da situação crítica, o Inmet recomenda que a população tome cuidados especiais para evitar os efeitos nocivos da seca. Entre as orientações estão o aumento da ingestão de líquidos, a redução de atividades físicas e a exposição ao sol durante as horas mais quentes do dia, das 10h às 16h. Também é importante que as pessoas façam uso de hidratantes e mantenham os ambientes internos mais úmidos.
A expectativa agora se volta para a chegada das chuvas, que devem começar a aparecer nas próximas semanas, trazendo alívio à população e ao meio ambiente.