Se condenado, o ex-médico pode enfrentar penas que variam de 12 a 30 anos de prisão
O ex-médico Lauro Estevão Vaz, de 64 anos, foi formalmente acusado e teve sua prisão temporária convertida em preventiva pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A decisão do juiz André Silva Ribeiro, da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras, foi proferida em 26 de julho de 2024, após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentar a denúncia.
Lauro é acusado de matar sua mãe, Zely Alves Curvo, de 94 anos, em um incêndio criminoso ocorrido no apartamento onde ela residia em Águas Claras no dia 31 de maio deste ano. Segundo as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o fogo foi iniciado intencionalmente e teve como alvo a maca onde Zely estava acamada devido a um AVC. A perícia do Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou que a morte foi causada por asfixia devido aos gases da combustão.
As imagens do circuito interno de segurança do prédio mostram que Lauro deixou o apartamento pouco antes do início das chamas, às 7h57. Testemunhas afirmaram que o ex-médico frequentemente deixava a idosa sozinha e usava os recursos financeiros dela para despesas pessoais. Além disso, uma embalagem com thinner foi encontrada em um dos veículos de Lauro, substância inflamável utilizada no incêndio.
Lauro é acusado de feminicídio triplamente qualificado e fraude processual. Se condenado, ele pode enfrentar penas que variam de 12 a 30 anos de prisão. A decisão de converter a prisão temporária em preventiva levou em consideração a gravidade dos crimes e o risco de fuga, além da possibilidade de gerar sentimento de impunidade na sociedade.