PCDF confirmou que o incêndio foi criminoso. O filho da vítima é o autor do crime
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), concluiu a investigação do incêndio que resultou na morte de uma idosa de 94 anos, ocorrido no dia 31 de maio de 2024, no Residencial Monet, em Águas Claras. O filho da vítima, um homem de 64 anos, foi indiciado pelos crimes de feminicídio triplamente qualificado e fraude processual.
De acordo com a investigação, o incêndio teve origem na maca onde a idosa estava e foi causado por ação humana, excluindo a possibilidade de falhas elétricas ou fenômenos naturais. O relatório pericial confirmou que o fogo foi iniciado deliberadamente e não houve equipamentos eletrônicos que pudessem ter provocado o incêndio.
Relatos de vizinhos indicaram que o cheiro de fumaça foi percebido por volta das 8h da manhã, coincidindo com o horário em que o filho deixou a residência. O indiciado, que tinha a responsabilidade de cuidar da mãe acamada e não se ocupava das despesas com uma cuidadora, retornou ao apartamento em diversas ocasiões após o incêndio. No dia do incidente, ele foi visto retirando objetos do local à noite. Em seguida, retornou no dia 1º de junho, para remover mais itens, e no dia 3 de junho, fez alterações na cena do crime, apesar das barreiras de preservação instaladas.
As investigações também revelaram que o filho costumava deixar a idosa sozinha por longos períodos e utilizava os recursos financeiros dela para suas despesas pessoais. A análise dos depoimentos e evidências aponta para uma motivação torpe, dada a negligência e a falta de cuidados com a mãe.
Atualmente, o indiciado está em prisão temporária e a polícia solicitou a conversão de sua prisão para preventiva, dado o risco de fuga e a gravidade dos crimes pelos quais é acusado.