Vítima que morreu no incêndio é identificada como Zely Alves Curvo, 94 anos, e caso levanta suspeitas sobre abandono da idosa
A tragédia ocorrida na última sexta-feira (31/5) no Residencial Monet, em Águas Claras, chocou moradores e levantou questões sobre um possível caso de abandono de incapaz. A vítima do incêndio, identificada como Zely Alves Curvo, de 94 anos, foi encontrada carbonizada dentro do apartamento, onde vivia com um filho, um médico de 63 anos.
A idosa era acamada e dependente para as atividades diárias devido a um diagnóstico de demência senil e histórico de AVC. No momento do incidente, o filho não estava presente no local.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), está investigando possíveis indícios de abandono de incapaz. O filho da vítima já tinha sido preso em 2023 após deixar de buscar a mãe, que estava internada no Hospital Militar de Brasília (Hmab). A senhora tinha recebido alta do Hmab havia 30 dias, mas nenhum parente teria aparecido para buscá-la. O filho também estava encarregado dos cuidados e da administração dos recursos financeiros da mãe, que totalizavam cerca de R$ 12 mil.
Além disso, informações apontam que Zely tinha outro filho, mas sem contato com a família. O caso levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos familiares e o cuidado com idosos dependentes. Enquanto a investigação prossegue, a comunidade local lamenta a perda de Zely Alves Curvo e espera por respostas sobre as circunstâncias que levaram ao trágico desfecho da vida da idosa.