Cabeleireiro de Águas Claras é preso em operação contra tráfico de drogas

O cabeleireiro fornecia uma droga psicodélica muito utilizada em festas pelo DF

Na manhã desta quarta-feira (8/11), a 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) realizou uma operação de combate ao tráfico de drogas e prendeu o cabeleireiro e residente de Águas Claras Flávio Dias Cordeiro. Segundo as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Flávio é suspeito de ser um traficante proeminente e um dos principais fornecedores de quetamina, anestésico usado em cavalos e também como uma droga psicodélica em festas na capital federal.

 

Flávio, também conhecido como Flávio Gargamel ou Rei da Keyla, foi detido em Águas Claras como parte da operação que incluiu duas prisões preventivas, quatro temporárias, 18 mandados de busca e apreensão, além de 16 ordens de bloqueio de contas bancárias e bens no valor total de mais de R$ 3,5 milhões.

A ação se estendeu por diversas regiões, incluindo Águas Claras, Ceilândia, Guará, Taguatinga, Vicente Pires, Recanto das Emas, Asa Sul, Paranoá, Arniqueiras, Alexânia (GO) e Teresina (PI).

 

Durante uma investigação de seis meses, a polícia conseguiu rastrear uma rota de tráfico de quetamina entre Teresina (PI) e o Distrito Federal, que operava há pelo menos cinco anos. Uma apreensão significativa da substância foi feita durante a investigação, com cerca de 180 frascos de 50 ml interceptados, sendo a maior apreensão da substância registrada no DF até então. Mais apreensões da droga estão em andamento.

A investigação revelou que a rota do tráfico se originava em Teresina, onde um empresário utilizava seus CNPJs para adquirir o anestésico de uma indústria. Seus dois filhos também estão sob investigação, um como o veterinário responsável pela loja e o outro como gerente da empresa.

 

A droga era transportada para o DF por meio de empresas de ônibus conhecidas que operavam entre Teresina e a capital federal. Ao chegar, a carga era recebida por um associado do líder do grupo e distribuída aos usuários finais, muitas vezes acompanhada de notas fiscais falsas para disfarçar a remessa.

A polícia descobriu que o traficante possuía um substituto em Alexânia (GO), também proprietário de uma loja de produtos veterinários, para facilitar o processo de obtenção da quetamina, caso houvesse dificuldades com o fornecedor de Teresina.

 

O líder do grupo mantinha uma vida luxuosa, possuindo uma Mercedes Benz modelo C180 e vários imóveis registrados em nomes de terceiros para ocultar seu patrimônio. Conhecido como “Rei da Keyla”, ele frequentava festas e viagens ao exterior, exibindo sua riqueza nas redes sociais.

A quetamina, inicialmente um anestésico veterinário, tornou-se uma substância valorizada em festas da alta sociedade devido aos seus efeitos alucinógenos, semelhantes aos do LSD. No entanto, seu consumo indiscriminado pode resultar em efeitos adversos à saúde, incluindo alucinações e contrações involuntárias.

*Com informações do portal Águas Claras Mídia

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