Mães temem mudança compulsória de alunos de creche em Águas Claras

Mães receberam um bilhete informando que 28 crianças, escolhidas por um sorteio, deveriam ser deslocadas a outra creche

Um grupo de mães temem que os filhos sejam remanejados do Centro de Educação de Primeira Infância — CEPI Jequitibá, localizado em Águas Claras, para outras creches mais distantes de casa ou que não funcionam em período integral após receberem um bilhete da instituição informando que 28 crianças precisariam ser levadas para o Centro de Educação Infantil Águas Claras. A mudança ocorreria no ano de 2024 e para algumas famílias significaria um deslocamento maior em cerca de 15 km.

 

No bilhete, consta que seria realizado um sorteio "para que não tenha nenhuma injustiça com as crianças que serão remanejadas". No entanto, a medida não foi bem recebida pelo potencial de impactar no cotidiano das famílias. Desde então, as mães criaram um grupo de WhatsApp para fazer uma mobilização contra o remanejamento. "Eu fiquei em situação de desespero, tenho 3 filhos e nenhuma condição de conseguir entregar os três no mesmo horário cada um em um local diferente", relata Rafaela Cardoso, mãe de uma criança de 3 anos que frequenta a creche, ao jornal Correio Braziliense.

 

Segundo Rafaela, a creche em período integral, como é a realidade CEPI Jequitibá, é essencial para que ela consiga conciliar o cuidado com os filhos ao trabalho. "A creche de período integral é essencial para a minha família tanto pela proximidade da minha casa, quanto pelo horário, pois hoje em dia ninguém trabalha meio período", afirma ela.

As mães se reuniram com a Regional de Ensino no dia 10 de outubro e apresentaram a demanda de ampliar as salas de aula na creche, para abrir mais espaço e possibilitar a permanência das 28 crianças. "Os ajustes seriam converter salas que hoje funcionam como brinquedoteca, por exemplo, em uma sala de aula normal, já que nas próprias salas as crianças já ficam com os brinquedos e a escola em si também utiliza bastante a área do pátio para atividades intraclasse", defende Rafaela.

 

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recebeu a notícia sobre o caso e requisitou informações à Secretaria de Educação. Na última quarta-feira (18/10), o MPDFT se reuniu com a Regional de Ensino — sem a participação dos pais das crianças.

 

Resposta da Secretaria de Educação

Ao Correio Braziliense, portal que apurou as informações sobre o caso, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal informou que o referido remanejamento das crianças, informado pela direção do CEPI Jequitibá, não foi autorizado, tendo em vista que a Pasta ainda está em fase de planejamento da estratégia de matrículas do ano letivo de 2024.

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