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O Centro Universitário e Faculdade Icesp de Águas Claras foi denunciado por professores por atraso no pagamento dos salários da categoria. Conforme o relato dos docentes ao Metrópoles, eles estão sem receber os vencimentos há dois meses e 17 dias, e os professores tentam impedir que o prejuízo seja ainda maior no próximo 5º dia útil quando vencerá o pagamento de outubro.
Atuando na instituição desde 2020, um professor que e pediu para não ser identificado, relatou que o problema começou em agosto. O professor conta que o salário está em atraso há dois meses e indo para o terceiro mês, e as aulas continuam sendo administradas para qe os alunos não sejam prejudicados.
Ainda conforme o educador, a faculdade alegou até o momento, que o primeiro atraso ocorreu por erro na geração de contracheque. A instituição comunicou que faria uma folha complementar para pagar no dia 20 de setembro, o que não aconteceu.
Foi feito então, um contracheque juntando os salários de agosto e setembro, que acabou gerando mais descontos no pagamento do imposto de renda e não lançaram a multa pelo atraso do salário. Contudo, no último dia 5 de outubro, os professores não receberam os vencimentos referentes aos meses anteriores e o contratante chegou a prometer pagamento em lote na sexta-feira (14/10), mas não foi depositado.
Foi então que os docentes registraram uma denúncia no Ministério do Trabalho, porém, ainda não houve fiscalização.
A desconfiança dos docentes, é que parte dos recursos da faculdade tenha sido usada na campanha, já que o dono da faculdade, identificado como Ruy Muniz, foi candidato à deputado federal por Minas Gerais (MG) e perdeu, e os alunos estão com os pagamentos em dia.
O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF), confirmou a situação, e segundo o diretor-jurídico da entidade, professor Rodrigo de Paula, esse é um problema recorrente com a instituição particular. O relato é de que o salário é atrasado com freqüência, e existe uma ação na Justiça com sentença de execução que prevê que os alunos depositem as mensalidades em uma conta judicial do sindicato para a multa seja paga aos professores.
O Sinproep-DF enviou notificação extrajudicial nesta segunda-feira (17/10), aos diretores da Associação Educativa do Brasil (Soebras) para cobrar providências.
O sindicato requer que sejam efetuados os pagamentos dos salários acrescidos de multa de 10% como consta a lei trabalhista, bem como a convenção coletiva da categoria.
O Icesp foi procurado pela reportagem do Metrópoles, mas não obteve um posicionamento da instituição e o espaço permanece aberto para futuras manifestações.
Fonte: Metrópoles