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Um empresário de Brasília do ramos de móveis planejados foi alvo de mandado de busca e apreensão. O dono da Omni ambientes, de 36 anos, faturou ao menos R$ 900 mil com falsos financiamentos em nomes de clientes
O dono da empresa Omni Ambientes, de 36 anos, é suspeito de aplicar um golpe de quase R$ 900 mil ao usar de forma indevida, os dados de clientes para firmar contratos financeiros. Ele enganou, ao menos, 11 pessoas na capital. Uma das vítimas relatou que o investigado contratou em seu nome sem autorização, dois financiamentos em mais de R$ 120.
Na manhã de segunda-feira durante uma operação da 10ª Delegacia de Polícia localizada no Lago Sul, o empresário do ramo de fabricação de móveis planejados foi alvo de busca e apreensão.
A empresa Omni é localizada no Trecho 3 do Setor de Indústria e Abastecimento, no SIA, e foi inaugurada em setembro de 2018. Administrada por dois sócios, incluindo o investigado, o estabelecimento possui um capital social de R$ 50 mil e é especializada na venda de móveis sob medida. O golpista atendia os clientes no escritório e fechava os contratos.
Uma mulher que foi vitima conta que conheceu a loja por indicação de um familiar, firmou um contrato na Omni para fazer dois cômodos com móveis planejados, e transferiu o valor em uma transferência via PIX, que saiu em um total de R$ 17 mil, pago em 50% na entrada e o restante após a conclusão da instalação dos móveis.
Após o término do negócio, a mulher recebeu uma ligação do dono da Omni, onde o investigado disse que, pelo fato dos pagamentos terem sido em alto valor, o gerente bancário dele teria solicitado uma selfie e uma foto do documento pessoal dela e foi a casa da vitima fazer a foto dela e da CNH. Ela confiando, não desconfiou de nada
Munido com os dados da mulher juntamente com a foto, o golpista enviou os dados a um aplicativo e fez uma solicitação de dois financiamentos em nome de dela. Uma, no valor de R$ 55 mil; e outra em R$ 78 mil. Para que a mulher não desconfiasse de nada, ele apagou as primeiras parcelas que ele pagou para que ela não desconfiasse. Após 2 meses ela soube do golpe, quando começou a receber cerca de 30 ligações de cobrança por dia. Ao se dirigir ao banco para saber o que tinha acontecido, soube então que os contratos eram no nome da empresa do investigado. Com o nome sujo no Serasa, a vitima então, entrou com processo cível contra a empresa de financiamentos.
Ao menos, 11 vítimas só do DF, que tiveram os dados utilizados de maneira fraudulenta nestes financiamentos foram identificadas pela policia e os prejuízos chegam ao total de R$ 897 mil.
Os investigadores constataram após o cumprimento das ordens judiciais, que o empresário utilizou os recursos obtidos de maneira ilícita para construir uma casa de alto padrão em um condomínio de Sobradinho, que foi vendido logo após a sua conclusão. A PCDF representou, ainda, pelo sequestro de R$ 900 mil no intuito de reparar os danos causados à instituição financeira. A operação da polícia também contou com o apoio da área de segurança do banco em questão.
A defesa do investigado alega inocência já que segundo o advogado ainda não obtiveram acesso a todos os elementos informativos colhidos pela investigação, mas apenas à decisão que determinou o sequestro dos bens. A defesa ainda argumentou que não havia necessidade de tal medida e que a constrição patrimonial não seguiu as regras do Código de Processo Penal, motivo que ensejará reação pelos meios jurídicos disponíveis.
Fonte CB.