Síndrome respiratória grave: Casos aumentam na maior parte do país

Foto: Wavebreakmedia_micro/Freepik.com 

 

Observado em 23 estados, o aumento da síndrome causa preocupação

 

Emitido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Boletim Infogripe aponta que o aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) se prolifera na maior parte do país. A elevação dos casos de covid-19, que correspondem a 77,6% daqueles com o resultado positivo para vírus respiratórios no último mês, foi o principal vilão. Mesmo com a maior parte dos casos sendo entre os adultos, foi registrado um predomínio de covid entre os testes positivos para vírus respiratórios em crianças de até 4 anos de idade.

Esse crescimento foi observado na tendência de longo prazo, ou seja, considerando as últimas seis semanas, referente a análise feita no período de 3 a 9 de julho. O aumento foi observado em 23 estados segundo o boletim, e apenas o Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam sinal de estabilidade ou queda nesse período.

Nos estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, foi observado uma desaceleração no ritmo de crescimento, de acordo com a Fiocruz. Contudo, nas regiões Norte e Nordeste, há sinais de um ritmo de crescimento ainda elevado. Esse cenário pode estar associado ao fato de que a metade sul do país iniciou esse processo de crescimento mais cedo, ainda em abril, isso, para a instituição. O que difere da metade norte, onde esse movimento começou a partir de final de maio e início de junho.

Marcelo Gomes, é coordenador do InfoGripe e ressalta que são observados no Paraná e no Rio Grande do Sul indícios de retomada do crescimento em crianças, o que contrasta com o sinal de platô nos adultos, indicando a exigência de cautela, já que o cenário ainda é instável.

No período de 12 de junho a 9 de julho, que representa as quatro últimas semana epidemiológicas, a prevalência entre os casos com o resultado positivo para vírus respiratórios da população em geral foi de 2,4% para influenza A, 0,1% para influenza B, 7,6% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 77,6% para Sars-CoV-2 (covid-19).

A Fiocruz aponta que entre as mortes, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 1% para influenza A, 0,1% para influenza B, 1,4% para VSR e 94,5% para covid-19.

Embora a população adulta concentre a maior parte dos casos de covid-19, entre crianças até 4 anos de idade, o boletim mostra ainda que a covid já representa a maior porcentagem dos casos de SRAG. As quatro semanas mostram em dados que, entre as crianças, 43% dos casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratório foram de covid-19. Em seguida, estão os casos de VSR, que representam 33% dos testes positivos.

 

 

 

Fonte: Agência Brasil

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