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Um dado preocupante! O número de mortes maternas no Brasil é 35% maior que o anunciado oficialmente, de acordo com um levantamento inédito feito pelo Observatório Obstétrico Brasileiro
O estudo inédito foi feito entre os anos de 2019 e 2021 tratam da quantidade de mortes de mulheres com idade entre 10 e 49 anos. Os óbitos aconteceram durante a gestação, na hora parto ou no resguardo, que ocorre depois do nascimento do bebê. De acordo com o Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr), esses dados não são contabilizados pelo Ministério da Saúde. Isso por não ser parte de um dos grupos principais de morte materna da Classificação Internacional de Doenças (CID).
A hipertensão arterial, conhecida também como eclampsia é a morte materna obstétrica que ocorre com mais frequência. Através do estudo, foram examinadas declarações de óbito que indicava para morte de gestantes, puérpera até 42 dias e que não fizeram parte das informações oficiais.
As mortes em decorrência de embolia pulmonar, infecções, cardiopatias, além de outras foram excluídos dos dados de morte materna.
O Observatório Obstétrico Brasileiro usou como estudo informações oficiais e não oficiais, além de ter analisado também o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) que é ligado ao Ministério da Saúde.
Dentro dos dados estão também as mortes de mulheres com idade entre 10 e 49 anos que aconteceram no resguardo atrasado, que ocorre de 43 dias a um ano depois do parto e que não constam nos dados do Ministério da Saúde.
De acordo com o Observatório:
Em 2019, o número de mortes representava 55,3%
Em 2020, houve um aumento e passou para 77,9%
Em 2021, chegaram à107, 4%
Diante desse cenário, o Brasil ainda está longe de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que é de 30 mortes por 100 mil até 2030. O Ministério da Saúde, usa os espaços “causa básica” e momento da morte para separar as mortes maternas no Sistema de Informações sobre Mortalidade.
Para compreender melhor as informações importantes da área, O Observatório Obstétrico Brasileiro disponibilizou uma nova plataforma para mostrar resultados a partir de análises responsáveis de dados públicos que trata da saúde obstétrica no Brasil.
Fonte: Agência Brasil / Observatório Obstetrico.org
Francisco Lima