Problemas em estrutura obriga moradores do DF Plaza a ficar 5 dias fora do prédio

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Moradores de 420 imóveis da Torre D deverão ficar longe de casa enquanto são avaliadas condições de segurança após descoberta de fissuras

 

Residentes do DF Plaza, em Águas Claras, precisaram deixar os apartamentos às pressas nessa quarta-feira (25/5). Problemas na estrutura do prédio que é comercial e residencial foram a causa do susto. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foram acionados para uma vistoria técnica no edifício.

Foram constatadas trincas em pilares de dois andares usados como garagem, na Torre D pela Defesa Civil. As equipes também verificaram a execução de obras de reparo no local e escoramento, sendo declarada pelo órgão a ausência de risco iminente de desabamento, o que categorizou não ser necessária a evacuação do prédio.

Contudo, de acordo com informação dos bombeiros, a empresa responsável pelo edifício optou por precaução em um primeiro momento pela retirada dos condôminos. Mesmo com o alerta primário, poucos moradores desceram e alguns optaram por permanecer.

 

Evacuação

A decisão da Erbe Incorporadora, responsável pelo imóvel, é de que os moradores dos 420 apartamentos da Torre D do complexo deverão ficar pelo menos cinco dias fora de casa, mesmo com o laudo inicial da Defesa Civil de que não há risco iminente de desabamento. Os moradores começaram a ser evacuados a partir das 5h desta quinta-feira (26/5). Segundo relatos de residentes, o período de afastamento foi determinado pela Erbe Incorporadora.

A princípio, a evacuação está restrita à Torre D, já que a empresa responsável pelo condomínio destacou por precaução, a necessidade de intervenção imediata. Os demais moradores dos demais blocos do condomínio de Águas Claras poderão continuar nos imóveis. Também não existe a necessidade de o shopping suspender suas atividades.

Foram oferecidas pela administração do prédio, duas opções para os moradores: uma ajuda de custo de R$ 2,5 mil ou estadia em um hotel. Fica a cargo dos administradores informar se os residentes poderão voltar para o prédio durante os reparos ou se será necessário prolongar o afastamento ao fim do período.

Quem mora no prédio se assustou. “Falaram que era mais seguro sair, e estou saindo. Foi chocante receber essa notícia, mas, se for por segurança, melhor esperar em outro lugar até resolver a situação por aqui”, afirmou uma moradora de 24 anos, que pediu para ter o nome preservado. A jovem vive há três anos na torre.

A maior parte dos moradores não suspeitava do problema estrutural. “Eu descobri hoje pela manhã. Foi um susto, porque eu não dormi em casa ontem. Vim aqui só para pegar minhas coisas e, realmente, ver o que está acontecendo”, disse Marina Ribeiro, 20.

Notificação

Após a notificação da Defesa Civil, os responsáveis pelo edifício deverão apresentar o projeto de escoramento e todas as medidas necessárias para resolver a situação. Segundo o órgão de fiscalização, foram constatadas trincas em pilares dos andares G1 e G3 (garagens) da Torre D.

 “Não foi constatado o risco iminente de desabamento”, assegurou a Defesa Civil em nota. “Ressaltamos que, nas condições em que foi realizada a vistoria, não foi constatado o risco de colapso estrutural”, reforçou o órgão de fiscalização.

 

Confira as determinações da Defesa Civil:

 

– Apresentar em dois dias o projeto do escoramento;

– Iniciar imediatamente o monitoramento da estrutura para controle de eventual movimentação;

– Apresentar em até cinco dias um laudo técnico circunstanciado das causas dos problemas e das soluções a serem implementadas em relação à segurança e à estabilidade estrutural da edificação;

– Apresentar em até 10 dias o cronograma de execução das obras e a caderneta diária de monitoramento da movimentação da estrutura;

– Proceder em até 20 dias a recuperação necessária dos pilares;

– Informar em até dois dias a relação dos moradores e apartamentos que precisaram ser realocados, bem como o local de destino;

– Informar se haverá riscos às Torres C e E, ou a outras estruturas vizinhas, quando da execução da obra.

 

Administradora

A Erbe Incorporadora emitiu nota informando que foi identificada uma fissura em um pilar localizado especificamente na Torre D. “A companhia acionou engenheiros e comunicou a Defesa Civil para as medidas preventivas de segurança”, informou.

Ainda segundo a administradora, a desocupação das unidades da Torre D foi recomendada, sem qualquer impacto nas demais áreas do complexo. “Até que seja finalizado o estudo e o reparo, que, inicialmente, está previsto para ocorrer ao longo dos próximos 30 dias, a empresa prestará todo o atendimento necessário aos condôminos, apoiando diretamente no processo de acomodação temporária durante o período”, destacou.

O DF Plaza Shopping reitera que seguirá as orientações dos órgãos competentes e que, por enquanto, vai continuar normalmente com o funcionamento. E reforçou em nota, que as fissuras foram encontradas exclusivamente na estrutura da torre residencial D e que não há risco estrutural do complexo.

O empreendimento foi construído pela Brookfield. O grupo incorporador é formado por Saga Malls, LH Investimentos e a Mirante Incorporações.

 

 

 

 

 

 

 

Fontes: Metrópoles e CB.

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