Foto: Arquivo pessoal
Assassinados em casa no dia 11 de abril, Laercio Moreira, de 54 anos, e Helena Moreira, de 50 anos, foram vitimas de crime planejado por concorrente
O assassinato do casal Laercio Moreira, de 54 anos, e Helena Moreira, de 50 anos, foi motivado por uma disputa por ponto de venda de lanches, em frente a uma faculdade particular em Águas Claras, no Distrito Federal. A conclusão é da Polícia Civil.
No dia 11 de abril, câmeras de segurança flagraram o momento em que três homens entraram na residência, para assassinar o casal Laercio Moreira, de 54 anos, e Helena Moreira, de 50 anos, na casa onde moravam, em Ceilândia. Um terceiro integrante esperava dentro de um carro e após alguns minutos, eles saíram com pertences do casal. As vítimas foram assassinadas a tiros.
Os investigadores acreditavam no início, na hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte. Contudo, de acordo com a corporação, o crime é um duplo homicídio. Os quatro suspeitos já foram detidos e Hyago Lorran Franco, de 29 anos, suspeito de orquestrar o crime, confessou envolvimento no caso.
Há quatro anos, de manhã e à noite, Laercio vendia salgados em frente à faculdade particular enquanto sua esposa trabalhava como copeira em um hospital privado, mesmo ajudando o marido com o negócio. Há dois meses, foi preciso que o casal mudasse o local da barraca, ficando assim, mais próximo de onde Hyago, que também vendia lanches no local, atuava.
A partir daí, segundo a Polícia Civil, houve um desentendimento entre os dois, e Laercio passou a ser ameaçado. Foi nesse momento que Hyago começou a planejar o assassinato do comerciante, de acordo com os investigadores.
Dia do crime
No dia 11 de abril, o suspeito se dirigiu até a casa do casal, na QNP 32, para checar se estavam em casa. Em seguida, chamou três amigos, incluindo um menor de idade, e partiram para o local, onde cometeram o crime, por volta de 12h.
De acordo com as imagens, um carro vermelho se aproximou da residência, e três homens desceram e entraram pelo portão. Um quarto suspeito permaneceu no veículo, aguardando pelos outros criminosos.
Toda ação de assassinato durou apenas dois minutos. Dois dos três homens que entraram na residência saíram correndo e fugiram no carro vermelho. Já o terceiro partiu levando o carro da família e um aparelho de televisão. Segundo a polícia, o grupo roubou os pertences para enganar a investigação com a hipótese de latrocínio.
Por conta da crueldade do assassinato, os investigadores da 23ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, desconfiaram da versão, pois segundo a polícia, as vítimas foram colocadas de joelhos antes de serem baleadas. No mesmo dia do crime, as apurações avançaram quando o primeiro suspeito foi preso.
O delegado Gustavo Farias Gomes afirmou que "Ao longo da investigação, nós verificamos que esse crime [de latrocínio] não se sustentaria, por conta das circunstâncias como ele aconteceu. As vítimas foram realmente executadas, os tiros foram na cabeça. Nós acreditamos que elas estavam de joelhos quando aconteceu o fato. E a história foi se desconstruindo após a prisão do primeiro autor".
Os suspeitos vão responder por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, além de corrupção de menores. O casal vivia no local com dois filhos.
*Com informações G1.