Mais vítimas feitas pelos ciganos portugueses em Águas Claras

 

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Ao longo dos últimos anos, o modo de agir do bando é o mesmo. Ardilosos, eles têm a habilidade de vender "gato por lebre"

 

A quadrilha formada por ciganos portugueses voltou a fazer novas vítimas. Alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal há seis anos, o bando ficou conhecido por enganar dezenas de comerciantes de Águas Claras vendendo produtos falsificados como se fossem originais.

A dona de uma loja, em São Paulo, caiu no golpe dos ciganos no mês passado e comprou perfumes falsificados com suposta garantia de originalidade. Após concluir a transação, ela percebeu que os produtos não passavam de imitação barata. O pai da vítima entrou em contato com um jornal para relatar o crime após identificar o rosto de um dos ciganos em uma matéria publicada em 2016.

Ao longo dos últimos anos, o modus operandi do bando permanece o mesmo. Envolventes, simpáticos e bem vestidos, os ciganos portugueses têm a habilidade de vender “gato por lebre”. Em 2016, a PCDF deflagrou a Operação Ilusionista, onde 11 suspeitos foram presos.

 

Contrabando

Essa rede de contrabando internacional mantinha conexões e também aplicava golpes em seu país de origem. O caso foi acompanhado de perto pela Embaixada de Portugal e investigado pela antiga Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes.

Todos os portugueses moravam em Águas Claras e andavam em carros de luxo, conforme as investigações ocorridas em 2016. Em muitos momentos, à luz do dia, eles se reuniam e conversavam sem expor os produtos em um café em frente ao ponto comunitário de exercícios como lugar de encontro.

 

Ilusionismo

De acordo com os investigadores, eles agiam como atores para convencer os clientes sobre a boa qualidade dos produtos: passavam um produto químico para proteger roupas e, na hora da venda, colocavam fogo para mostrar que o material “não queimava”. Bolsas, malas, jaquetas de couro e perfumes eram oferecidos, geralmente em locais de grande circulação e com compradores em potencial, como shoppings, portas de escolas e tribunais.

Os estelionatários vendiam kits compostos por camisetas, canetas e malas por até R$ 3 mil e eram equipados com máquinas de cartão, para facilitar o pagamento.

Contudo, boa parte do grupo deixou o Distrito Federal para fixar residência em outras unidades da Federação após a repercussão do caso.

 

 

 

 

 

Fonte: Metrópoles

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