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A Dengue avança em 12 regiões administrativas e ameaça os brasilienses. Casos da doença aumentaram em diversos locais da capital federal. Ceilândia, Vicente Pires e Taguatinga apresentaram maiores altas
Dor de cabeça e no corpo, fraqueza, falta de apetite, dor nos olhos. Muitos sintomas são confundidos com a influenza ou com o novo coronavírus, no entanto, ao realizar o exame diagnóstico em algum posto de saúde, o resultado revela uma antiga conhecida dos brasilienses: a dengue.
O vírus tem se mostrado preocupante na capital Federal e, de acordo com o Índice de Infestação predial, está em situação de alerta — quando o percentual está superior a 1% — em ao menos 12 regiões administrativas (RA). Desses locais, Itapoã, Varjão e Paranoá ultrapassam a marca de 3% do índice de infestação.
Ceilândia lidera o ranking das regiões que tiveram maiores altas de casos. Entre os dias 2 e 29 de fevereiro de 2021, a cidade registrou 98 diagnósticos positivos para a doença. Já no mesmo período deste ano, foram 487. Vicente Pires aparece em segundo, com um crescimento de 19 casos para 230 em 2022. Taguatinga subiu de 29 para 217, e São Sebastião de 43 para 206. Os dados são públicos e estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde.
Especialistas orientam que a população fique atenta aos cuidados de combate ao mosquito Aedes Aegypti. A dengue, por ser uma doença sazonal — de outubro a maio no DF — e influenciada pelas chuvas, demanda muitas medidas preventivas da população em calhas, caixas d'água, vasos de plantas e todo local que possa armazenar água. “Essas ações de cuidados devem ser implementadas no nosso dia a dia”.
A Secretaria de Saúde informou em nota, que as ações de combate acontecem diariamente em todas as regiões administrativas e semanalmente é realizada uma análise da incidência de casos por região e também das cidades em que há maior presença do mosquito.
Após essa análise, as regiões que apresentam maior aumento passam a receber uma intensificação das ações, inclusive com o uso do UBV conhecido como (fumacê), que é apenas uma das estratégias utilizadas no combate ao mosquito. Outros órgãos do GDF também são aliados nesse combate, como Corpo de Bombeiros, DF Legal, Defesa Civil, SLU (Serviço de Limpeza Urbana), SSP (Secretaria de Segurança Pública).
Em janeiro, 176 MIL imóveis foram visitados e 34 mil depósitos que poderiam servir de criadouro para o mosquito foram tratados.
Tiago Pedrosa
Fonte: Correio Braziliense.