Lago Paranoá - Acidentes alertam para falta de informação sobre regras de uso do local

 

Foto: Agência Brasília

 

O assunto agora é o Lago Paranoá e os frequentes acidentes têm alertado para falta de informação sobre as regras de uso do local. Entidades afirmam que muitos banhistas desconhecem as delimitações dos espaços, o que contribui para tragédias. Assista!

Os últimos acidentes fatais registrados no Lago Paranoá aconteceram no final de janeiro. Uma mulher de 36 anos caiu de uma lancha e teve o braço decepado pela embarcação.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima foi retirada da água com o braço direito amputado, estava inconsciente, foi intubada e levada ao Hospital de Base em estado crítico e não sobreviveu.  

O outro caso envolveu um adolescente de 17 anos que se afogou na tarde do último domingo de janeiro.

No final do ano passado também ocorreram tragédias. Em outubro, um adolescente de 16 anos morreu afogado, na altura da QI 11 do Lago Sul. O Jovem chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Em novembro, uma criança de três anos morreu afogada no Lago Paranoá, em frente a um restaurante. Os médicos do Corpo de Bombeiros Militar tentaram reanimar a vítima por cerca de 50 minutos, porém sem sucesso.

Em 2020, uma lancha chegou a explodir e deu início a um incêndio às margens do Lago, no Setor de Clubes Esportivos Sul. O acidente, provocado por falhas no motor, feriu cinco pessoas que estavam na embarcação, sendo quatro adultos e uma criança.

Acidentes como esses, sejam com embarcações, ou até mesmo com afogamentos, têm alertado os visitantes do Lago Paranoá. Em 2021, foram 13 afogamentos, com quatro óbitos. Em 2020, foram 21 afogamentos, com seis mortes.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do DF, as três principais ocorrências atendidas nos últimos dois anos no Lago Paranoá foram:

  • Afogamentos (34)
  • Incêndio em embarcação (8)
  • Colisão entre embarcações (5)

 

Um decreto de dezembro de 2018 estabeleceu o zoneamento de usos do espelho d’água. O documento delimita áreas de banho e de práticas de esportes náuticos não motorizados, que ficaram separados dos setores destinados a embarcações motorizadas.

 

No entanto, clubes e entidades formadas por frequentadores do Lago Paranoá afirmam que muitos brasilienses — e especialmente turistas — desconhecem as delimitações dos espaços, principalmente por falta de sinalizações e informações acessíveis aos cidadãos na orla.

O GDF informou à imprensa que o órgão responsável pelo uso do Lago Paranoá é a Marinha do Brasil. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Marinha, mas até o momento não tivemos retorno sobre o que está sendo feito para evitar novos acidentes.

 

 

 

 

 

*Por Ernandes Almeida

Fontes Metrópoles e CB.

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