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A Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, lançou a campanha Movimento Parto Adequado para reforçar a importância do parto normal. Um dos principais objetivos é reduzir o número de cesáreas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o Brasil só fica atrás da República Dominicana na proporção de cesarianas.
No Brasil, cerca de 70% dos partos são cesarianas e, segundo a Organização Mundial de Saúde, apenas 15% dos nascimentos exigem cirurgia. Para reduzir o número de partos marcados sem recomendação médica, a Agência Nacional de Saúde, ANS, lançou uma campanha em defesa do parto natural.
A campanha iniciada pelo Movimento Parto Adequado é uma iniciativa que busca desenvolver boas práticas de saúde para mamães e bebês. As ações do projeto visam evitar que grávidas passem por riscos desnecessários.
Segundo a ANS, ao fazer a cesariana em momento diferente de quando o bebê está pronto para nascer, pode provocar riscos tanto para gestante quanto para as crianças. Cesáreas sem indicação clínica podem contribuir para hemorragias, dificuldades na adaptação à amamentação e infecções puerperais. Para os bebês são mais frequentes prematuridade, hipoglicemia, e até dificuldade de manter a temperatura corporal.
Em 2020, 80% dos partos foram feitos por meio da cesariana, ou seja, 400,2 mil nascimentos foram feitos por meio do procedimento. A agência nota um aumento do agendamento de cesarianas em feriados e em períodos quando há um costume maior de trabalhadores de marcarem férias, como é o caso do período entre os meses de dezembro e fevereiro.
Para ANS, as cesarianas são um recurso importante quando há uma necessidade clínica que deve ser indicada por um médico responsável. A campanha quer sensibilizar mães e profissionais de saúde sobre o respeito ao tempo de cada bebê e as fases da gestação. Por isso a escolha do parto deve considerar os riscos associados à cesariana.