A polêmica: arroz com ou sem uvas passas? O debate para colocar ou não uvas passas no arroz é sempre comum nas ceias de Natal de cada família. Mas, esporadicamente, neste ano, a discussão será sobre a mesa de Natal, que será 12% mais cara para as famílias do DF, comparado ao ano passado. O aumento é reflexo no índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em novembro, puxado pela alta da inflação anual dos itens alimentícios. Quem dita a fila dos alimentos caros é as carnes e a batata inglesa, inclusive, esta última, com aumento de 42,67%.
Os alimentos também inflacionaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que cobre o segmento com menor rendimento da população: de um a cinco salários mínimos. No Distrito Federal, a variação do INPC acumulada em 2020 chegou a 9,46% entre itens alimentícios e bebidas – 0,34% a mais que o consumidor amplo (9,12%).
“A tendência é ficar mais pesado para o brasiliense, e também para o Brasil, festejar este final de ano”, foi o que avaliou a diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Clarissa Schlabitz. “Muitas pessoas perderam o emprego ou tiveram a renda reduzida. Estamos juntando uma menor massa de rendimentos com o aumento dos preços”.
Para exemplificar o encarecimento da feira especial de Natal, a Codeplan apresentou na última uma análise da inflação sobre 11 itens comumente consumidos na ceia natalina. O aumento acumulado até o mês de novembro ficou em: Azeitona (4,17%), batata-inglesa (49,14%), bolo (13,27%), cebola (5,5%), chocolate em barra e bombom (2,86%), farinha de mandioca (-4,42%), frango inteiro (4,9%), maionese (14,45%), ovo de galinha (-0,85%), pescados (1%) e presunto (-6,27%).
Com informações do Jornal de Brasília*