Com negativa de reitores das próprias universidades federais, MEC e Governo recuam sobre possível retorno em 4 de janeiro
O Ministério da Educação e o Governo Federal recuaram em uma possível volta às aulas em universidades federais para o dia 4 de janeiro e determinaram uma nova data: 1° de março do próximo ano. Segundo Milton Ribeiro, ministro da educação, a “decisão segue na mesma direção que a maioria dos países do mundo”, disse. A portaria que autoriza o retorno foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) na noite passada.
Nos planos da pasta, o cronograma de retorno às aulas nas universidades federais estava decidido, com data determinada em 4 de janeiro. O MEC até chegou a publicar no início de dezembro uma portaria – agora revogada –, mas sofreu negativas, sendo duramente criticada pelas próprias universidades federais, movimentos estudantis, sindicatos de docentes e outras entidades ligada à educação. "Nós estamos apontando para o dia 1º de março, que nós julgamos ser uma data equilibrada e boa para que dê tempo para universidades fazerem alguns ajustes, inclusive, pedagógicos e eletivos", disse Ribeiro em entrevista à CNN Brasil, após mudança das datas.
“O governo de Jair Bolsonaro, por meio do Ministério da Educação, reafirma sua disposição favorável à retomada das aulas presenciais, observadas as devidas condições sanitárias e medidas de segurança”, disse o ministro, completando a narrativa em sua conta oficial no Twitter.
Na nova data de volta às aulas, as faculdades deveram adotar um "protocolo de biossegurança", definido na portaria MEC nº 572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação do novo coronavírus.
No Brasil, há 8,4 milhões de estudantes de graduação matriculados em instituições de ensino superior, 24,6% deles em instituições públicas. Um total de 3,4 milhões de estudantes ingressou em cursos de graduação. São dados do MEC, de 2018.