Leilão foi marcado por decisões judiciais. Desembargadora do TJDFT concedeu liminar na noite de ontem (03), mas decisão do STF prevalece e evento acontece
A empresa Bahia Geração de Energia, do Grupo Neoenergia, apresentou proposta de R$ 2,515 bilhões e comprou a CEB Distribuição. O leilão ocorreu na manhã desta sexta-feira (4/12), na Bolsa de Valores de São Paulo.
Se trata da primeira privatização no Distrito Federal. No leilão, participaram três empresas concorrentes: Equatorial, CPFL e Neonergia. O preço mínimo eera de R$ 1,4 bilhão, mas nas projeções do GDF, a estimativa é que o valor chegue a R$ 2,5 bilhões – o que aconteceu. A CPFL Energia propôs R$ 2,508 bilhões pela CEB Distribuição e a Equatorial deu lance de R$ 1,485 bilhão. Após o fim das propostas, aconteceu a cerimônia de batida do martelo, que concretizou o resultado.
O leilão ocorreu mesmo após a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) Fátima Rafael conceder liminar para suspender a privatização da CEB Distribuição. A decisão foi assinada às 22:31 de ontem (3). Porém, a decisão do ministro do STF, Kassio Nunes prevaleceu após o mesmo recusar o pedido de deputados distritais para a não privatização, concedendo a realização do leilão.
Após o fim do leilão, o presidente da CEB, Edison Garcia, disse que a venda da subsidiária é um “processo histórico”. “É a privatização com maior ágio e maior número nominal de venda”, concluiu.
Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDEs), Gustavo Montezano afirmou que a privatização vai levar investimentos de R$ 5 bilhões para o Distrito Federal. “Esse recurso vai gerar obra, investimento e aliviar o caixa do Estado, tão apertado neste momento de pandemia”, pontuou.
Montezano defendeu a privatização: “Essa é uma mostra contundente de que a desestatização é o caminho para o crescimento sustentável do Brasil”.
Como será
Depois de finalizado o leilão, o nome da vencedora será submetido à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Aneel precisa dar anuência para a mudança no controle acionário em razão do contrato de concessão da distribuidora com a agência.