Próximo ato em Brasília já tem data marcada: sábado (7), às 15h na Praça dos Três Poderes.
Reprodução: Gazeta
Várias mulheres foram às proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) protestarem contra o julgamento do caso Mariana Ferrer, após o Judiciário de Santa Catarina absolver o empresário André de Camargo Aranha, de 43 anos por "estupro culposo" – termo utilizado na repercussão no caso Mari Ferrer nas redes sociais. A jovem acusa o empresário de tê-la estuprado em dezembro de 2018, durante uma festa em um beach club de Florianópolis (SC).
Desde a divulgação do vídeo na última terça-feira (3) pelo site The Intercept Brasil, onde Mariana Ferrer foi humilhada pelo advogado de defesa do empresário, Cláudio Gastão da Rosa Filho, mulheres veem se mobilizando e organizando diversos atos pelo Brasil pedindo a condenação do acusado de estupro.
Em Brasília, o protesto ocorreu na noite desta quarta-feira (05), onde várias mulheres levaram faixas condenando aos atos praticados pelo judiciário de Santa Catarina ao absolver o empresário, além de pedirem o mínimo: justiça por Mariana Ferrer e para todas as vítimas que sofrem diariamente por crimes no país.
Entenda o caso
A blogueira Mariana Ferrer acusa o empresário André de Camargo Aranha de tê-la estuprado em dezembro de 2018, em um camarim privado, durante uma festa em um beach club em Jurerê Internacional, em Florianópolis. Ela tinha 21 anos e era virgem.
As únicas imagens recuperadas pela polícia mostram Mariana na companhia do empresário. Ela suspeita que tenha sido drogada e que, por isso, não sabe exatamente o que aconteceu. Nas roupas dela, a perícia encontrou sêmen do empresário e sangue dela. O exame toxicológico de Mariana não constatou o consumo de álcool ou drogas.
Na audiência, o advogado de defesa do empresário, Cláudio Gastão da Rosa Filho, exibe fotos sensuais feitas por Mariana Ferrer quando era modelo profissional, definindo-as como "ginecológicas"; ele afirma ainda que "jamais teria uma filha" do "nível" de Mariana e, ao vê-la chorar, diz:
- Não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa lábia de crocodilo.
É possível ver, no vídeo da audiência, que a jovem reclamou do interrogatório para o juiz.
“Excelentíssimo, eu estou implorando por respeito, nem os acusados são tratados do jeito que estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente. O que é isso?”, diz ela.
A Corregedoria Nacional de Justiça abriu investigação sobre a conduta do juiz Rudson Marcos durante audiência no processo.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) declarou que manifesta-se em veemente repúdio ao termo "estupro culposo" e que vai acompanhar os desdobramentos dos recursos apresentados pela vítima.
O próximo sábado (7) será marcado por outro protesto na Praça dos Três Poderes, às 15h.
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📝Pablo Giovanni
(@pgiovannic)
Informações: G1