Capacitação reúne instrutores para aprimorar o manuseio de equipamento especial adquirido neste ano pela corporação
Reprodução: SSP/DF
Nesta semana, 12 bombeiros militares que atuam como instrutores de combate a incêndio urbano iniciaram o treinamento operacional Live Fire Training. A atualização tem duração de duas semanas, com carga horária de 100 horas/aula. A corporação recebeu ainda a certificação internacional dos instrutores da National Fire Protection Association (NFPA), organização global sem fins lucrativos líder na criação de padrões de segurança contra incêndio.
Esta é a segunda capacitação realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) desde a aquisição do Sistema de Simuladores de Desenvolvimento de Incêndios, em fevereiro deste ano.
Treinamentos suspensos
“Assim que o simulador foi instalado, todos os treinamentos foram suspensos por conta da pandemia”, conta o comandante do Centro de Treinamento Operacional (Cetop), major Paulo Fernando Leal. “Desde então, realizamos apenas uma capacitação para seis militares, em junho deste ano, seguindo todas as medidas de segurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Seguimos com os mesmos protocolos nesta capacitação. Como a maior parte da instrução é prática e ao ar livre, fica ainda mais seguro para instrutores e alunos.”
Ao todo, são seis modelos com oito estações de treinamento para aperfeiçoamento das habilidades de combate a incêndio, com sensores para controle de temperaturas, chaminés para alívio dos gases quentes e isolamento interno, o que permite menor uso de material combustível.
“Além da economia de combustível, é possível que os alunos, que são também instrutores de cursos da corporação, aprendam a manusear os equipamentos e vivenciem situações comparadas a uma situação real”, ressalta o comandante.
Teoria e práticas
A atualização, que termina em 2 de outubro, inclui disciplinas, em sua maioria práticas, como procedimentos de descontaminação grossa – técnica utilizada para remoção de agentes, para evitar a contaminação do militar durante o combate a incêndio –, cálculo de vazão – aumento ou redução de esguichos de água – e jatos para a aplicação de agentes extintores, entre outros conhecimentos técnicos atuais.
“Essas são práticas extremamente necessárias, já desenvolvidas em combate a incêndios urbanos, mas não era possível realizar treinamentos tão reais por falta dos elementos de segurança e controle de atmosfera que hoje integram os simuladores”, esclarece Leal.
Atualização
Atuante em combate a incêndios urbanos desde 2014, o terceiro sargento Daniel Inácio avalia o curso como uma oportunidade de atualização de técnicas e procedimentos. “Estamos realizando treinamento com os equipamentos mais avançados nesta área, tendo acesso ao que é internacionalmente utilizado”, explica. “Apesar de exaustivo, pois são dez horas de treinamento diário, é uma experiência maravilhosa. É um privilégio participar”.
Dois bombeiros do Paraná estão participando da capacitação junto ao CBMDF – o major Eduardo José Slomp, chefe do Centro de Ensino do Corpo de Bombeiros do Paraná, e o capitão Renan Bortolassi, comandante da Seção Operacional do 2° Grupamento, que fica na cidade de Ponta Grossa.
“Já somos instrutores de combate a incêndio em nosso estado, e essa atualização é importante para termos acesso ao que existe de mais avançado na área atualmente, e também para conhecermos melhor o equipamento, pois estamos estudando adquirir um desses para o nosso centro de treinamento”, conta Slomp. “Além disso, vamos repassar o que foi aprendido aos bombeiros da nossa corporação”.