Com os pais e recebendo todos os cuidados necessários, animal da espécie bugio-de-mãos-ruivas, é completamente saudável
O Jardim Zoológico de Brasília conta com mais um morador desde 31 de agosto. O casal de primatas Lipe e Bel, da espécie bugio-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul), deu à luz seu primeiro filhote. O primogênito se encontra no recinto junto aos pais e conta com todos os cuidados necessários.
A alimentação da mãe, que, por estar amamentando, foi a única intervenção feita pelos técnicos do zoo foi na recebeu uma quantidade maior de suplementação em suas refeições.
População em queda
Em 2016, Lipe e Bel chegaram ao zoo ainda filhotes após ficarem sem habitat devido aos impactos ambientais gerados pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA). Eles fazem parte de uma espécie ameaçada de extinção – alerta levantado após a constatação de uma queda de 30% na taxa populacional em natureza nas últimas três gerações.
A reprodução em cativeiro, como a que trouxe ao mundo o filhote do casal, é importante para reverter esse cenário e aumentar o número de indivíduos da espécie em vida livre com futuras reintroduções.
Conforme o diretor de mamíferos do Zoo, Filipe Reis, o filhote deve permanecer no Zoológico de Brasília, para contribuir na conservação da espécie. “A ideia é que seja feito um trabalho em conjunto com outras instituições para manter a qualidade genética e demográfica dessa espécie em busca de uma população sob cuidados humanos viável para um programa de conservação”, conta.
A espécie
Podendo ser encontrados na Amazônia e na Mata Atlântica brasileira, os bugios-de-mãos-ruivas. Herbívoros, têm como característica marcante o som emitido pelos machos, que pode ser ouvido a longa distância.
Eles medem entre 45 e 65 cm, e possuem peso entre 4,5 kg e 8,5 kg, com a cauda podendo atingir até 70 cm. Os machos são maiores do que as fêmeas. A pelagem é preta, com os pés, as mãos, a ponta da cauda e, às vezes, o dorso ruivos, variando de indivíduo para indivíduo.
São animais sociais, vivendo em grupos familiares de três a 20 indivíduos, e a expectativa de vida em cativeiro é de, aproximadamente, 20 anos. A reprodução ocorre o ano inteiro, e a gestação dura, aproximadamente, seis meses, dando origem normalmente a apenas um filhote.
Fonte: Agência Brasília/ Zoológico de Brasília.