Valor do aumento não foi divulgado. Adasa adiou reajuste tarifário da Caesb pela segunda vez, devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
O reajuste anual na conta de água de moradores do Distrito Federal foi adiado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) para 1º de janeiro de 2021. O aumento, que ainda não teve valor divulgado, seria aplicado em 1º de outubro.
Inicialmente, a mudança estava prevista para 1º de junho, a mesma data em que houve o fim da tarifa mínima. Esta é a segunda vez que a Adasa altera a data do aumento nas tarifas aplicadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).
De acordo com a norma, a medida ocorre devido ao estado de calamidade pública decretado no país por conta da pandemia do novo coronavírus, além das previsões de "queda na atividade econômica e de elevação no nível de desemprego". O adiamento foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal desta terça-feira (15).
Conforme a resolução da Adasa, "os impactos econômico-financeiros decorrentes do adiamento do reajuste serão compensados nas tarifas, após o término do período da emergência de saúde pública", em 2021.
No ano passado, o reajuste foi de 5,56%. No entanto, quando ele entrou em vigor, a pela Caesb revogou outro aumento aplicado anteriormente. Por isso, o impacto real para os consumidores foi de 3,45%.
Fim da tarifa mínima
Desde 1º de junho, a conta de água e esgoto ficou mais cara para alguns moradores do DF devido ao fim da tarifa mínima para quem consome até 10 metros cúbicos por mês.
Com a medida, o pagamento passou a ser pelo consumo efetivamente medido nos imóveis, com a cobrança de uma tarifa fixa de R$ 8 para a categoria residencial e R$ 21 para não residencial – como comércios –, além do valor efetivamente gasto com água e esgoto.
No entanto, a mudança não afeta a todos os consumidores (entenda abaixo). De acordo com a Caesb, a conta ficou mais cara para quem consome mais de 7 metros cúbicos de água por mês.
Apesar dos impactos financeiros, ainda em decorrência da pandemia, a Caesb suspendeu o corte do fornecimento de água por inadimplência. A medida ocorre desde 15 de março.
Consumo consciente
A determinação para derrubar a tarifa mínima partiu de uma lei da Câmara Legislativa promulgada em novembro de 2018. O projeto, de autoria da então deputada Liliane Roriz (Pros), tinha sido vetado pelo governo, mas acabou "ressuscitado" pelos distritais.
A resolução da Adasa, determinando a nova forma de calcular a conta, foi publicada em fevereiro de 2019, prevendo que a norma começasse a valer em janeiro deste ano. No entanto, a própria agência recuou e passou a defender o adiamento do prazo para o segundo semestre de 2020.
O motivo, segundo a Caesb era que a companhia precisava de um período para "adaptar os seus sistemas, principalmente o sistema comercial, para que todas essas mudanças entrassem em operação."
Fonte: G1.