Foto: Rafaela Felicciano.
Escolas consideram "sensata" a decisão da Justiça nesse domingo (13/9) de que exames de Covid-19 não serão feitos em todos os funcionários.
Conforme decisão da Justiça, serão testados os trabalhadores com suspeita de contaminação ou que tiveram contato com pacientes da doença. Não haverá testagem em massa dos profissionais das escolas particulares. Professores e pais de alunos não aprovaram a decisão judicial que regulou a testagem para Covid-19 de funcionários nas escolas privadas do Distrito Federal.
Segundo Rodrigo de Paula, o diretor jurídico do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF), a entidade esperava que os exames fossem feitos em todos os docentes antes da volta às aulas presenciais.“No acordo, decidimos que um especialista iria apontar o tipo de testagem mais adequado. No entanto, a decisão nos surpreendeu, não pelo tipo, mas por que não vai haver testagem em todos”, afirmou.
Foi publicada nesse domingo (13/9), a sentença da 6ª Vara do Trabalho de Brasília. O protocolo determina que os trabalhadores e estudantes tenham temperaturas aferidas na entrada e saída das aulas. Apenas em caso de suspeita é que o profissional será submetido à testagem para detecção do novo coronavírus.
Os funcionários que estiverem sintomáticos para Covid-19 deverão ser afastados imediatamente e submetidos à confirmação diagnóstica via RT-PCR. Segundo o diretor jurídico do Sinproep-DF, o sindicato não questiona a decisão quanto ao modelo do exame, mas discorda como ele será realizado.
“Concordamos em acatar a decisão do médico especialista quanto ao tipo de teste. Mas o sindicato não concorda com essa falta de testagem em massa. Respeitamos a decisão, mas vamos recomendar a todos os professores que tiverem qualquer suspeita que solicitem o teste”, ressaltou.
Mesmo com a insegurança dos docentes com o retorno às atividades presenciais, Rodrigo aponta um ponto positivo que o Sinproep-DF vê na sentença da Justiça. “Muitos professores podiam ter certo receio em dizer que estão com suspeita [de Covid-19], pois têm medo de perder o emprego. Agora, há uma maior segurança quanto a essa questão”, pontua.
“Estamos preparando uma série de recomendações para orientá-los nesse sentido. Agora vamos monitorar todos esses protocolos. Se a gente perceber que teve contaminação de professores, aumento de disseminação, o sindicato vai acionar a Justiça”, acrescentou.
Fonte: Metrópoles.