Foto: SINPROEP/DIVULGAÇÃO
Com 45 anos, Roberto Cavalcante faleceu na madrugada da última segunda-feira (24/8). Funcionária do Objetivo também foi vítima do coronavírus
Após complicações causadas pela Covid-19, o professor da rede particular de ensino Roberto Cavalcante faleceu na madrugada desta segunda-feira (24/8). Pai de três filhos, Betão, como era chamado, também era fundador de uma rede de escolas privadas no Distrito Federal.
“Nunca esqueceremos do nosso Betão e das milhares de vidas que ele, com muito amor e alegria, transformou”, conclui.
Devido ao seu falecimento, o conglomerado de colégios Ideal no qual ele ajudou a erguer, decretou luto e suspendeu as aulas na instituição. “Todos nós, do Colégio Ideal, temos muito a agradecer ao nosso irmão, pai, amigo e professor”, afirma a companhia em meio de nota.
Uma nota lamentando o falecimento do educador, foi emitida pelo Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF) “Hoje, a educação perde um brilhante professor e eu um grande amigo meus sentimentos a todos os familiares”, escreveu Rodrigo de Paula, diretor jurídico do sindicato.
O vírus na Educação
A funcionária Sandra Lúcia Rodrigues, do Colégio Objetivo, também não resistiu ao poder devastador do vírus, falecendo na madrugada, Betão não foi a única vítima. do novo coronavírus nesta data. A instituição, assim como o Ideal, também decretou luto e cancelamento das aulas na unidade de Taguatinga, onde Sandra trabalhava.
Conforme o Sinproep, Betão e Sandra juntam-se a 13 colegas de profissão na triste estatísticas de professores vitimados pela Sars-Cov-2.
Ainda assim, mediada pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) Pedro Luis Vicentin Foltran, o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares do Distrito Federal volta a ser discutido nesta segunda-feira em audiência de conciliação virtual, às 16h.
São os participantes, representantes de escolas, professores, Executivo e Ministério Público do Trabalho (MPT), com o objetivo a um acordo sem a necessidade de julgamento do mérito, o que levaria muito tempo. Na última quinta-feira (20/8), o mesmo grupo participou de audiência por seis horas seguidas e diversos pontos foram levantados. Ainda há divergências sobre data de retorno, modelo a ser seguido e responsabilidade acerca da testagem dos professores para identificar o novo coronavírus, além de quais etapas devem retornar às salas de aula, entre outros.
Fonte: Metrópoles.