Foto: S Metal.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do DF, dez brasilienses foram diagnosticados com a doença que não ataca somente cães e pode ocasionar sequelas graves e até morte se não for tratado.
A leishmaniose, comum em animais, também afeta aos seres humanos podendo se manifestar em dois tipos: a leishmaniose visceral e a leishmaniose tegumentar americana. Ambos são transmitidos pelo mosquito palha. Se não for tratada, a doença pode ocasionar sequelas graves e, em alguns casos, levar à morte.
Conforme o último levantamento epidemiológico da Secretaria de Saúde, no primeiro semestre de 2020, dez brasilienses tiveram o diagnóstico da doença. Sendo cinco para a leishmaniose visceral e cinco para leishmaniose tegumentar americana.
As regiões administrativas que tiveram ocorrência da doença foram Ceilândia, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho, Taguatinga, Itapoã, Samambaia e Vicente Pires.
O gerente da Vigilância Ambiental de Zoonoses, Rodrigo Menna, explica que o contágio desse tipo de enfermidade é facilitado pela a capacidade que os mamíferos, principalmente os cães, têm de carregar o protozoário que causa a leishmaniose.
“O protozoário fica no sangue do cachorro e, quando o mosquito vai picá-lo, acaba pegando o protozoário e transferindo para o sangue humano”, pontua Rodrigo Menna.
Os principais sintomas da leishmaniose são:
- febre duradoura (de 10 a 15 dias)
- anemia
- perda de peso
- fraqueza
Em estágio mais avançado da infecção, a doença pode causar a expansão do fígado e do baço, causada, geralmente, quando o sistema imunológico está comprometido. Nessas situações, o paciente fica mais vulnerável a outras enfermidades.
No caso da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), a infecção não chega a acometer os órgãos internos. O principal sintoma da doença é a úlcera cutânea, uma ferida na pele que não se cicatriza.
Em geral, a ferida não causa muitos incômodos como dor ou coceira, mas pode trazer graves complicações se não for devidamente tratada pelo médico. Em casos mais raros, as lesões podem aparecer nas mucosas nasais e orais, especialmente na bochecha e na garganta. Nesses casos, rouquidão, tosse e dores podem estar entre os sintomas.
A rede de saúde do Distrito Federal disponibiliza tratamento para pacientes de leishmaniose tegumentar americana. No entanto, esses tratamentos requerem acompanhamento médico.
Pacientes com suspeita ou que apresentem alguns desses sintomas, ou ainda que tenham visitado matas e cachoeiras podem procurar a unidade básica de saúde mais próxima e declarar a exposição ao mosquito na consulta.
Prevenção
Quando for a atividades em matas ou beira de rios, procurar usar roupas compridas, largas e de cor clara, além de aplicar repelentes em áreas de pele exposta. Em casas perto de localidades que tenham a transmissão da leishmaniose ter sempre medidas de repelentes na hora de dormir, como o uso de tela e mosquiteiro. Quem tiver cães também deve seguir algumas orientações para mantê-los seguros e protegidos da doença.
Veja medidas importantes que devem ser tomadas:
Fonte: Correio Braziliense.