Através de pesquisa, Fecomércio-DF apontou que 48,52% dos lojistas creem que haverá uma queda nas vendas do Dia dos Pais devido à pandemia de covid-19
Feito entre 22 e 28 de junho, uma pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio/DF), mostra que a expectativa dos comerciantes está baixa para o Dia dos Pais deste ano. Para lojistas, pandemia do coronavírus deve impactar as vendas da data comemorativa.
O estudo mostra que 48,52% dos comerciantes espera vender menos que no mesmo período, no ano passado. Para Gabriel Lima Braga, 32, dono e chefe do restaurante Blás, localizado na 406 Norte, o movimento será consideravelmente reduzido em relação a 2019.
"Muito menor mesmo, sem comparação. Em uma época dessas, Dia dos Pais, a gente já tinha várias reservas, restaurante ficaria lotado. Este ano, a gente só está colocando um terço das mesas e acho que não vai encher, por causa do corona", explica o chefe de cozinha. Ele aposta nas opções de delivery e take out atualmente, como opção à possibilidade de sentar à mesa, por conta da crise sanitária.
Entre os consumidores, houve redução, em 7,45%, na intenção de comprar presentes para os pais, comparado ao ano passado. Maioria dos comerciantes (86,5%) não deve alterar preço dos produtos, em uma tentativa de se ajustar adequar à crise.
Clara Cunha, 28, assistente de projetos, tem planos de presentear o pai na data. Para ela, que não tem visto o pai, devido ao isolamento social, o gesto pode ser um meio de apaziguar a saudade. "Tem sido mais importante enviar presente e fazer surpresas, quase que como para compensar a ausência física. Mas, este ano, o presente vai ter que ser entregue pelos Correios", relata.
Há, no entanto, uma divergência entre a quantia que o consumidor espera gastar e que o comerciante espera vender, em média. Enquanto o consumidor pretende gastar, em média R$ 116,12 em presente para os pais, os lojistas esperam que cada cliente gaste, em média, R$ 350,65.
Apesar da queda na intenção de compras entre consumidores, os valores ainda são maiores que os anos recentes, também de crise econômica. Atualmente, 55,9% dos consumidores pretendem gastar com a data. Em 2017, o percentual era de apenas 37,3% em 2017. Os entrevistados que afirmaram que não comprarão presentes para o Dia dos Pais é de 44,1%, também inferior ao observado em 2016, 2017 e 2018 (47,3%, 46,5%, 42,2%, respectivamente).
Os principais produtos procurados pelos consumidores são artigos para presentes (23,08%), cosméticos e perfumes (17,82%), calçados e acessórios (15,38%) e livros e itens de papelaria (13,88%). Lojas de ruas e bairros são os lugares mais citados pelos entrevistados quanto à aquisição dos produtos (44,69%).
Fonte: Correio Braziliense.