Foto: Reprodução/Matheus de Paula Moraes
Realizado por brasilienses, o trabalho traz analogias à história da Branca de Neve para alertar sobre relacionamento abusivo
“Se o aviso não está estampado nos olhos maldosos da bruxa, mas escondido sob o sorriso encantador do príncipe, como nos preparar para ele?”, pergunta a cartilha A Branca de Neve e os Sete ‘Anãos’, um trabalho produzido por publicitários do Distrito Federal para conscientizar sobre os diferentes tipos de relacionamentos perigosos para as mulheres.
Disponível on-line, o material informativo está e traz analogias à famosa história infantil para detalhar sete tipos de comportamentos abusivos vividos por elas, que podem acabar resultando em escalas de violência cada vez maiores. “As principais motivações para criar a cartilha foram as muitas notícias de feminicídio e do aumento da violência doméstica. O intuito é trabalhar na conscientização das mulheres para evitar que esse tipo de relacionamento surja, porque depois de entrar em uma relação assim fica muito difícil sair”, lembra Alice Freitas, publicitária.
Com o intuito realizar um trabalho voltado principalmente para os adolescentes, que estão entrando nas fases dos primeiros relacionamentos e muitas vezes têm dificuldade de compreender comportamentos perigosos, as ilustrações e diagramação da cartilha foram produzidas pelo publicitário Matheus de Paula Moraes. Com a analogia dos sete anões, o material traz sete características principais que levantam alertas.
Projeto traz sete características que devem servir de alerta para as mulheres
(foto: Reprodução/Matheus de Paula Moraes)
“O Zangado é controlador e acredita que tem propriedade sobre você. Por isso, não gosta de te ver usando batom vermelho, uma saia curta ou um decote”, diz uma parte do texto. “O Soneca é o preguiçoso que não sabe dividir as responsabilidades e tarefas domésticas. Ele acredita que é o seu papel manter a casa arrumada, cozinhar e cuidar dos filhos”, também cita a cartilha.
O projeto ainda levanta dados sobre a violência contra as mulheres no país, como o fato de que 1,6 milhão de mulheres já foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento. No DF, levantamentos da Secretaria de Segurança Pública (SSP) mostram que foram registradas 3.856 ocorrências de Lei Maria da Penha e cinco feminicídios no primeiro trimestre de 2020.
Fonte: Metrópoles.