Celina Leão garantiu que todas as decisões tomadas pelo governador Ibaneis têm seguido protocolos rígidos de segurança
A decisão judicial que impede a reabertura de setores de serviços à população, o que inclui as academias e estúdios de ginástica, foi criticada nesta segunda-feira (22/06) pela secretária de Esportes do Distrito Federal, Celina Leão. Segundo ela, a nova investida da juíza federal titular da 3ª Vara Federal Cível do DF, Kátia Balbino de Carvalho Ferreira, traz prejuízos a quem vê na atividade física regular e monitorada uma forma de reduzir a gravidade de comorbidades do novo coronavírus, como cardiopatias, hipertensão e diabetes.
“É claro que decisão judicial tem de ser cumprida. Respeito o Ministério Público, a Justiça Federal, mas temos que considerar que o governador Ibaneis Rocha tem exercido com muita responsabilidade todas as medidas tomadas desde o início da pandemia. É bom lembrar que somente ele tem todos os dados oficiais para tomar as decisões pertinentes”, declarou.
Segundo a titular da pasta, o governador ainda não havia determinado a reabertura dos bares, restaurantes e academias e apenas sinalizou que estava estudando os gráficos para não errar.
“Você percebe que ainda temos leitos na rede de saúde, diferentemente de outros estados que já apresentam um colapso. A gente tem que saber que, para qualquer dificuldade com essas decisões, ele responderá. Se há condições mostradas nos estudos oficiais e garantido toda a segurança das pessoas, o governador tem a prerrogativa de decidir”, emendou.
Celina também criticou o fato de a Justiça ter incluído as academias na mesma decisão que proíbe bares e restaurantes. “São segmentos completamente diferentes e não poderiam estar na mesma ação, porque academia é um serviço essencial e que contribui muito para reduzir as comorbidades. Caso fossem reabertos, os restaurantes e as academias seguirão protocolos rígidos e serão fiscalizados. Ninguém vai abrir nada de qualquer jeito”, finalizou.
Decisão judicial
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu, nesse sábado (20/06), a retomada de atividades não essenciais no Distrito Federal que não estejam funcionando até o momento. A decisão se deve à pandemia do novo coronavírus e terá impacto sobre diversos setores, como bares, restaurantes e academias, por exemplo, cuja liberação do funcionamento vinha sendo discutida entre o Buriti e o setor produtivo.
A ação civil pública que resultou na decisão foi motivada pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e Ministério Público do Trabalho (MPT).
Nesta segunda-feira, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), voltou a reclamar sobre o posicionamento do Judiciário. “No exato momento, quem diz sobre abrir ou fechar qualquer coisa é a Justiça Federal, pois uma juíza da 3ª Vara entendeu que eu não posso mais decidir. Tiraram meus poderes, uma intervenção indevida do Poder Judiciário”, criticou.
Fonte: Metrópoles.