Foto: Hugo Barreto.
O coronel Sérgio Luiz Ferreira de Souza foi exonerado após manifestantes lançarem fogos de artifício contra o prédio do STF no último sábado
Após manifestantes lançarem fogos de artifício contra o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) no último sábado (13/06), a exoneração do coronel Sérgio Luiz Ferreira de Souza, subcomandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi alvo de críticas da Associação dos Militares Estaduais do Brasil (AmeBrasil).
Em nota, a entidade afirmou que “policiais militares estão subordinados diretamente aos governadores dos estados e do Distrito Federal, nos termos da Constituição Federal”. O texto argumenta que o afastamento do comandante em exercício da PMDF “sugere que o governador desconheça que é o comandante das suas polícias”.
“Mais que isso, possui um secretário de Segurança Pública e que age, por sua delegação, coordenado as políticas de segurança pública e ações das respectivas instituições”, continua a nota.
Confira:
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (Asof) também lamentou o desligamento do comandante em exercício e classificou a exoneração como injusta.
O texto destaca que “se houve falha de segurança que permitiu a ocorrência dos eventos na Esplanada dos Ministérios, na noite de sábado (14/06), foi uma falha do sistema como um todo, e não exclusivo da PMDF.”.
A demissão do coronel Souza foi uma resposta à atuação da PMDF no último fim de semana. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) no domingo (14/06)
Questionado sobre a decisão, o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse à coluna o seguinte: “Ele foi exonerado porque permitiu que manifestantes soltassem fogos de artifício em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PMDF deve servir, no mínimo, para resguardar os cidadãos e as instituições da capital federal. Se não fez isso, errou grosseiramente”, pontuou o titular do Palácio do Buriti.
Ao justificar a medida, o governador também revelou que o comandante da PMDF, Julian Rocha Pontes, está infectado com Covid-19 e hospitalizado. “Eu só não responsabilizei e exonerei o próprio comandante da PM porque ele está com coronavírus e internado. Não teve culpa de nada”, frisou Ibaneis.
Fonte: Metrópoles.