Foto: Pedro Ventura
Nas propostas que serão enviadas ao GDF, a intenção será propor medidas para retomar atividades começando pela educação infantil
Diretores de escolas particulares decidiram se reunir, nesta quarta-feira (17/6), em Águas Claras, em meio às incertezas trazidas pela pandemia do coronavírus sobre o retorno das aulas no Distrito Federal, para definir estratégias para retomar as atividades, inicialmente, da educação infantil.
No evento, foram discutidos procedimentos, modelos para reabertura das escolas, prioridades e outras decisões sobre a preparação das escolas para o retorno seguro das aulas. As propostas serão, posteriormente, apresentadas ao Governo do Distrito Federal para contribuir com novas decisões.
De acordo com representantes da categoria, já existe uma forte pressão, por parte de pais de alunos, para a volta às atividades presenciais, principalmente depois da abertura de grande parte do comércio, o que deixa as famílias desamparadas sobre onde e com quem deixar os filhos enquanto trabalham.
Outro fator de preocupação para os dirigentes escolares é a falta de um posicionamento claro do Governo do Distrito Federal sobre o tema. Os gestores esperam das autoridades a sinalização de uma data, ou, ao menos, uma previsão sobre o retorno das atividades.
“Queremos que os pais tenham a liberdade de escolha sobre levar o filho à escola, ou não. Os que optarem por atividades residenciais, continuará enviando o material. Além disso, a intenção é propor o retorno gradativo das escolas, iniciando pelos pequenos, que necessitam de cuidados e monitoramentos constantes. Assim, os pais terão tranquilidade de retornar ao trabalho”, afirma a gestora e educadora Katharine Bernades, 41.
Sem aulas desde meados de março, e sem uma perspectiva de retorno, muitos pais já procuram as escolas para rescindir contratos, causando o temor pela queda de empregos e investimentos no setor. “Queremos mostrar ao Governo do Distrito Federal que a partir da próxima semana, muitos já estarão preparados para o retorno, com todas as medidas de segurança”, destaca. “Atendemos poucas crianças por sala e dispomos de mecanismos de controle de acesso à escola, o que evitará aglomeração” explica a gestora.
Questionada sobre as medidas de segurança e a exposição dos alunos à covid-19 com o retorno das aulas, a gestora argumentou que o fechamento das escolas representa um risco à educação, proteção e bem-estar das crianças. "Uma questão que a gente quer alertar é sobre onde e com quem estão essas crianças. Com o retorno da educação infantil, é possível preservar a integridade física dessas crianças com os nossos protocolos. Assim, nós atendemos pais, funcionários e as famílias dos funcionários", afirma.
"Se o governo entender que é a melhor opção para criança estar na escola, com os protocolos de seguraça, nos sentiremos seguros em realizar a abetura. No entanto, a família que tem condição de ficar mais tempo com o filho, vai ficar. A expectativa é de que somente 50% retornem, e assim, conseguimos atender ás famílias que tem essa necessidade como prioridade", enfatiza.
Prevenção
De acordo com a organização do evento, estarão representadas 119 escolas durante a reunião. O espaço utilizado para debate será um pátio, com o distanciamento entre as cadeiras dos participantes. Todos estarão de máscara, passarão pelo tapete de higienização, aferição de temperatura e farão uso do álcool em gel.
Fonte: Correio Braziliense.