Entidades do setor elaboraram um protocolo seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de infectologista da Universidade de São Paulo (USP)
Para solicitar ao Governo do Distrito Federal a reabertura das academias na cidade - fechadas há 75 dias para evitar a disseminação do coronavírus - entidades do setor elaboraram um protocolo seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de infectologista da Universidade de São Paulo (USP).
As normas, afirma a presidente do Sindicato das Academias do DF (Sindac), Thais Yeleni, são mais rígidas do que as adotadas em alguns dos países que já permitiram a retomada dessas atividades. "Temos um poder de instrução muito grande com as pessoas. Estamos aí para ajudar o governo e a população", afirma a representante do sindicato, que reforça ainda que a atividade física faz parte do tratamento recomendado para muitas das comorbidades que podem agravar os sintomas da covid-19, como obesidade, hipertensão e diabetes.
Funcionários e gestores de academias do Distrito Federal terão à disposição curso on-line de treinamento sobre esse protocolo. A capacitação é fruto de parceria com a Secretaria de Esporte, a Associação Brasileira de Academias (Acad), o Conselho Regional de Educação Física (CREF-DF) e a Secretaria de Saúde.
Entre as medidas de prevenção a infecções previstas no documento, estão marcação no chão de distância mínima entre cada pessoa e aferição de temperatura. Há ainda normas para uso de piscinas, exigência de capacitação dos colaboradores, troca de filtros de ar dos aparelhos de ar-condicionado pelo menos uma vez por mês e ocupação de apenas um aluno a cada 6,25 m² (confira o documento completo abaixo).
Prevenção
Por enquanto, haverá limitação para o acesso de pessoas acima de 60 anos, grupo de maior risco para a covid-19, conforme prevê o documento e como adiantou a Secretária de Esportes e Lazer do DF, Celina Leão. Segundo ela, a intenção é de que a reabertura possa começar na próxima semana, mas isso só será possível se a ocupação dos leitos da rede pública de saúde se mantiver em 40%.
A decisão sobre a data vai depender da avaliação junto ao Comitê Científico Operacional de Estratégias de Enfrentamento da Covid-19. No caso dos parques, apenas as pistas de corrida, caminhada, e ciclismo serão liberadas.
Fonte: Correio Braziliense.