Foto: Hugo Barreto
De acordo com a Codeplan, mulheres, negras, chefes de família e com idade entre 39 anos são as mais atingidas. Crise também afetou carteira assinada
Ao longo da pandemia do novo coronavírus, o número total de desempregados no Distrito Federal chegou ao patamar de 333 mil pessoas em abril de 2020. No mesmo mês de 2019, 320 mil estavam sem emprego, ou seja, aumento de 13 mil. É o primeiro retrato da crise causada pela doença.
Os números fazem parte da última versão da Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED-DF), divulgada nesta quinta-feira (21/05). Percentualmente, o desemprego aumentou de 19,8% para 20,7%, entre abril de 2019 e o mesmo período de 2020.
Segundo o presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Jean Lima, o desemprego cresceu mais entre mulheres, negras, chefes de família, com idade entre 25 anos e 39 anos. A PED é feita em parceira com o Dieese.
Entre as trabalhadoras domésticas, 7 mil perderam o emprego. Em abril de 2019, 90 mil estavam empregadas. Neste ano, o contingente caiu para 83 mil.
A taxa de pessoas inativas com 14 anos ou mais também cresceu. Em 2019, 829 mil não buscavam emprego no mercado de trabalho. Neste ano, o número saltou para 868 mil. Na ponta da caneta, o crescimento foi de 42 mil homens e mulheres.
“O estudo mapeou fevereiro, março e abril. Ou seja, pegou só o começo da pandemia. As medidas de isolamento social começaram a partir de 20 de maio. Na próxima PED teremos mais informações”, explicou Lima.
A crise atingiu duramente os trabalhadores com carteira assinada. No total, 42 mil assalariados perderam o emprego. Em abril de 2019, 536 mil estavam empregadas com cobertura da CLT. O número encolheu para 494 mil em 2020.
Entre os setores da economia, o desemprego avançou mais nos serviços, na qual 9 mil pessoas perderam o emprego no período mapeado. Na sequência, vem o comércio, com 6 mil cidadão desempregados.
Por outro lado, o total de autônomos avançou de 190 mil para 211 mil. A PED faz a análises trimestrais do cenário do mercado de trabalho. Além da economia, a crise também afeta outros setores, como a educação.
Fonte: Metrópoles.