Foto: matriculafaci
Com a afirmação de técnicos da Secretaria de Saúde de que o pico de coronavírus no DF deve se estender até julho, a possibilidade das escolas reabrirem em maio está descartada
Na entrevista coletiva desta quinta-feira (7/5), o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que o ano letivo escolar está comprometido. Segundo o chefe do Executivo local, as escolas só devem ser reabertas em julho.
O governador se baseou em estudos da Secretaria de Educação, que foram submetidos à Secretaria de Saúde. "Como o pico da nossa curva se estendeu muito, segundo os técnicos ainda vai ficar em meados de julho por conta do achatamento que foi feito, voltar com escolas nesse momento é bastante arriscado. Não decidi ainda, vamos avaliar ao longo do mês de maio, mas espero que a gente prorrogue", afirmou o emebedista.
Ibaneis Rocha disse, ainda, que solicitou aos proprietários de escolas particulares que fizessem uma consulta com os pais de alunos sobre a possibilidade de volta às aulas para maio. "Como retorno, a grande maioria dos donos têm colocado a opção de reabertura para agosto, o que me agrada muito. Mas ainda vamos esperar e avaliar", ressaltou.
Ao Correio, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), Álvaro Domingues, defendeu a reabertura das escolas de forma lenta, gradual e segura, seguindo as normas de saúde e sanitárias que forem determinadas. "As escolas não suportam além do mês de maio, isso é fato. Essa informação de retorno apenas no mês de julho ou agosto é descabida e não partiu das escolas particulares do DF. Somos completamente contra essa possibilidade", destacou.
O plano para o retorno dos estudantes às instituições elaborado pela Secretaria de Educação trouxe como proposta a data de início para 18 de maio, para alunos do ensino médio. O restante da rede pública retornaria em 1º de junho, como previsto no decreto do governador. "O documento foi submetido para análise da Secretaria de Saúde e a resposta que eu tive que, agora, a volta não é segura. O ano letivo está quase perdido. Vamos ter que negociar, inclusive, com o Ministério da Educação sobre o que será feito com a carga horária", acrescentou Ibaneis.
Fonte: Correio Braziliense