Foto: gabrielhbarbosa
Poucas são as doações que chegam, com isso, o trabalho do voluntários precisa ser redobrado
O Lar dos Velhinhos Bezerra de Menezes, localizado em Sobradinho, abriga 70 idosos que sempre precisaram do apoio da comunidade. A solidariedade e a parceria das pessoas sustentam o lar. Com a pandemia do coronavírus, as doações pararam de chegar espontaneamente. Agora, o trabalho precisa ser redobrado.
De acordo com a psicóloga que atende o Lar dos Velhinhos, Priscila Fernandes, 28, por causa da proibição das visitas aos idosos, as doações também pararam de chegar. Ela conta que foi preciso divulgar e movimentar as redes sociais para arrecadar doações, assim que iniciou o isolamento social. “Sempre dependemos da doação da comunidade, durante esta pandemia passou a ser mais necessário. Por isso, procuramos divulgar nossas necessidades nas redes sociais sobre a importância dessa questão,” relata. Continua depois da publicidade
Ela conta que existem colaboradores mensais, no entanto, as doações pontuais que chegavam durante a semana faziam toda a diferença. Com o distanciamento social, ficou ainda mais difícil manter o estoque de alimentos e de materiais de limpeza. Além disso, o abrigo passou a ter novas necessidades como álcool em gel e máscaras de proteção, por exemplo. "Até mais do que antes, é importante a participação da comunidade. Hoje, não podemos abrir para receber visitas e para novos doadores conhecerem nosso trabalho, mas contamos principalmente com a colaboração das pessoas”.
A nutricionista Taís Senna, 29, mora em Águas Claras e está ajudando o Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Park Way. Ela conta que um vizinho vende frutas e verduras em feiras, mas devido à pandemia ficou impossibilitado de trabalhar nestes ambientes. Entretanto, começou a vender seus produtos no condomínio, e a partir disso, Taís começou a ajudar o lar para os idosos levando os alimentos.
“Semana passada entreguei uma cesta pré-pronta. Após falar com amigos, alguns se interessaram em ajudar também. Nesta semana, será a primeira doação em grupo”, conta a nutricionista.
Abrace
A ONG Abrace presta assistência social às famílias de crianças e adolescentes em tratamento de câncer e hemopatias há 34 anos, mas diante do atual cenário, enfrenta novos desafios. Maria Angela Marini, 68, presidente-voluntária da instituição, conta como está enfrentando os obstáculos. “Felizmente, em resposta à campanha ‘O câncer não faz Quarentena’, recebemos em abril resposta positiva, com vários tipos de doações, que foram suficientes para suprir as necessidades do mês”.
Apesar do resultado positivo no mês passado, a demanda por contribuições aumentou desde o início da pandemia. “A necessidade das famílias assistidas cresceu porque o rendimento familiar de nossos assistidos diminuiu. Em época normal, sem a Covid-19, a Abrace distribuía em média, mensalmente, 130 a 140 cestas básicas. No último mês de abril, foram distribuídas 200”, explica a presidente.
Fonte: Correio Braziliense.