Foto: Diario do Poder/Divulgação Piantella
Na capital Lavi, Le Jardin du Golf, Brace Parrilla e Piantella são alguns dos restaurantes que fecham suas portas
Devido a redução no movimento por conta da pandemia, bares e restaurantes sofreram com o baque da queda de vendas. Alguns tentaram readaptar o serviço, investindo em delivery, mas nem todos sobreviveram a crise que se instalou nos estabelecimentos gastronômicos do Distrito Federal.
Nomes novos e tradicionais da cidade, desde o início da quarentena, anunciaram que infelizmente fechariam as portas em caráter definitivo. Pegando todos os clientes fiéis de surpresa, o tradicional restaurante italiano Piantella encerrou novamente as atividades e está à venda em Brasília. Localizado na quadra 202 da Asa Sul, no Plano Piloto, o local foi 1 dos grandes pontos de encontro da política na capital desde a redemocratização. O Piantella era frequentado por diversos políticos, autoridades e famílias tradicionais.
Nas mesas do restaurante foram tomadas importantes decisões para o país. Foi lá, por exemplo, onde políticos comemoram do triunfo do movimento Diretas Já, em 1984.
O restaurante já teve como proprietários o empresário Marco Aurélio e o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. O fechamento foi consequência da crise econômica causada pela pandemia.
“Lamento informar que após ficar internado na UTI do Santander por 45 dias, o Piantella veio a falecer com diagnóstico de covid-19”, escreveu em mensagem compartilhada entre amigos, familiares e clientes. “Velório e venda de móveis será feito pela internet”, afirmou. Fechado há quase 60 dias e se for reaberto “será em outro formato e ponto”. “Em 1 local menor, com 1 clima de bistrô”, disse.
O empresário também disse que o restaurante sofreu com a alta renovação do Congresso nas eleições de 2018. “Perdemos muito movimento no último ano. Os jovens, políticos e empresários, não frequentavam o Piantella e acredito que Brasília não será a mesma depois da crise do coronavírus. O setor de bares e restaurantes sofrerá profundamente”.
O Le Jardin du Golf, localizado no Clube de Golfe de Brasília, também foi vítima da crise. A confirmação de que a casa iria fechar foi dada em primeira mão ao Metrópoles.
“É com muita tristeza que tomamos essa difícil decisão. Foram 10 anos cheios de alegria, com direito a muitos prêmios, reconhecimento e prazer em servir”, disse o proprietário Carlos Augusto Veloso.
Um dos primeiros a anunciar que não funcionaria mesmo após a reabertura do comércio foi o Brace Parrilla, que também deixou clientes desolados. Especializada em cortes especiais de carnes nobres, a operação do chef Dudu Paxtel não chegou a completar um ano de existência na conhecida Rua dos Restaurantes, na Asa Sul.
Outro ponto que não abrirá as portas após a quarentena é o Genghis Khan. Especializado em culinária oriental, o estabelecimento comandado por Mateus Takano teve seu anúncio de encerramento da operação compartilhado nas redes sociais. O ponto tinha quase seis anos de funcionamento e operava na quadra 214 Norte.
Entre tantos fechamentos, o Lavi também não sobreviveu à crise. A má notícia foi compartilhada nas redes sociais da marca, que possuía unidades no Lago Sul e no Aeroporto de Brasília. “Devido à crise financeira gerada pela pandemia do Covid-19, ficou insustentável a permanência da Lavi nos pontos atuais de distribuição. Por essa razão, nos despedimos dos nossos espaços que nos acolheu tão bem durante esses três anos”, diz a postagem.
Fonte: Metrópoles/ Poder360.