Espaço foi construído com chuveiro e área para esterilização. Autônomo Wellington Vaz finalizou projeto em 50 horas.
Um morador de Vicente Pires, no Distrito Federal, usou a criatividade para desenvolver uma cabine de esterilização na porta de casa. Com chuveiro, espaço para roupas sujas e muito álcool em gel, o autônomo Wellington Vaz criou o espaço para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Autodidata, Wellington teve a ideia de projetar a "cabine Silimp" para proteger a família. Ele mora com a mãe – que tem 65 anos e faz parte do grupo de risco da Covid-19 – e a filha de 21 anos. Apesar delas cumprirem o isolamento social, Wellington sai de casa todos os dias para trabalhar.
"Estava no trânsito quando veio a ideia de fazer o 'Silimp'. Eu parei o carro, fiz um esboço rápido no próprio celular e, a partir daí, no dia seguinte, já comecei a executar a ideia e colocar o projeto em prática.”
A cabine foi montada na varanda e demorou 50 horas para ficar pronta. Quem passa pelo local esteriliza os objetos pessoais (entenda abaixo), toma uma ducha, troca de roupas e calça chinelos limpos.
Para garantir que todo o sistema funcionasse, Wellington enviou o projeto para análise de um amigo que é médico. “Ele adorou a ideia e até conversou com infectologistas, e todos acharam a ideia ótima e me ajudaram na questão de todo o processo de higienização da cabine” contou à reportagem.
Wellington também explica que assim que a cabine foi finalizada, o amigo foi até a residência para conferir o resultado da criação e testar a "Silimp". "Foi tudo aprovado", comemorou.
Como funciona?
A cabine "Silimp" é dividida em três etapas:
- Descontaminação: a pessoa entra, esteriliza os objetos pessoais como celular, relógio e carteira, e também retira toda a roupa contaminada.
- Higienização: em uma ducha improvisada com água, sabão, shampoo e condicionador, a pessoa faz a limpeza necessária do corpo.
- Ambiente limpo: a última etapa é onde tem toalhas, roupas e chinelo limpos para poder entrar em casa sem precisar levar nenhum tipo de sujeira da rua.
Investimento
Questionado sobre o valor total do projeto, Wellington não revelou o custo. “Se é caro ou barato não importa, o que importa para mim, é o que está lá dentro: a saúde da minha família".
"O preço que se paga para ter a família dentro de casa e com saúde e segurança, para mim, não tem importância.”
Apesar da demanda de pessoas que estão indo até a casa para comprar, Wellington afirma que o projeto não foi patenteado. O autônomo quer que a ideia sirva de exemplo para outras pessoas. “Mesmo se a pessoa não tiver os mesmo materiais que eu usei, ela pode usar os materiais recicláveis de dentro de casa. O objetivo é garantir a saúde de quem está dentro de casa e está em isolamento”, reforça.
*Com informações, G1.