Ações na região administrativa estão em andamento e quantidade de passeios construídos deve dobrar
Com quase 17 anos, a Região Administrativa de Águas Claras passa por uma revolução nas calçadas. Passeios danificados são demolidos e reconstruídos e outros, antes inexistentes, são implementados – tudo com acessibilidade, plantio de grama, meios fios e rebaixamentos necessários. Desde o ano passado, a cidade conta com 17 mil metros quadrados de novas passagens, mas a intenção é dobrar este número. Os contratos são executados com verbas de emendas parlamentares.
A servidora pública Gabrielle Nunes, 45 anos, vive há três anos na cidade. Para ela, uma das maiores vantagens da jovem Águas Claras é poder resolver as coisas a pé – o que é facilitado com passeios novos. “Quanto mais calçadas e com mais qualidade, há menos carros nas ruas, menos combustível, menos emissão de gases, uma cidade mais limpa. É assim que caminha para ser sustentável”, valoriza.
Na rua 18 Sul, onde mora, a intervenção é recente. Passeios novinhos estão em locais como as ruas 3 Norte e 4 Sul, a quadra 101, a Avenida Parque Águas Claras. De acordo com o administrador regional da cidade, o objetivo é construir novos passeios em toda a região. “A acessibilidade é importante para a população. Trechos com calçadas quebradas ou deterioradas também estão no pacote, com demolição e reconstrução. Tudo para evitar acidentes com pedestres”, diz Francisco de Assis da Silva.
Desde o ano passado, o órgão recebeu R$ 950 mil em emendas parlamentares para execução dos projetos de calçadas. Os locais são escolhidos para intervenção conforme prioridades, demandas de associações de moradores e requerimentos recebidos pela Ouvidoria (telefone 156). A Avenida Sibipiruna, próximo à Companhia Energética de Brasília (CEB), é demanda antiga que deve ser atendida na próxima etapa de obras, por exemplo.
Calçadas recém-construídas sofrem com mau uso da população e não são raras as ocorrências de veículos estacionados nos novos passeios. Conforme o Código de Trânsito Brasileiro, a atitude é infração grave, com multa de R$ 195,23. O Departamento de Trânsito (Detran-DF) e o Batalhão de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar foram acionados pela administração regional para combater a prática.
Morador da quadra 101, o servidor público Marcelo Almeida, 32 anos, diz ter cansado de flagrar a ilegalidade. “Além da depredação, há desrespeito com quem precisa se deslocar e interferência no direito de ir e vir. Pior ainda é para quem tem deficiência ou anda com carrinho de bebê. É inadmissível ter que usar a rua movimentada porque carros estão estacionados em local impróprio”, reclama.
“É preciso conscientização. As calçadas, demandas de oito, dez anos, não podem ser estragadas pelos próprios moradores”, destaca o administrador regional de Águas Claras, Francisco de Assis da Silva. Ele conta que são trabalhadas soluções para ampliar as vagas para veículos na cidade, com criação de bolsões de estacionamentos.
*Com informações, Agência Brasília.