Justiça determinou que ele ficasse em isolamento domiciliar. Segundo ele, já havia feito os exames antes da decisão
Após decisão judicial que determinou o isolamento domiciliar do advogado de 45 anos que testou positivo para o novo coronavírus, ele decidiu se pronunciar. Ele é a segunda pessoa infectada no DF e marido da primeira paciente, uma mulher de 52 anos que permanece internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Em nota oficial, ele informou que, em 4 de março, esteve com a mulher em um hospital particular, uma vez que ela apresentava mal-estar e dificuldades respiratórias. Segundo ele, no dia seguinte, após o primeiro diagnóstico apontando para o Covid-19, ela teria sido obrigada pela unidade de saúde a ser transferida para o Hran.
Em 6 de março, ele a acompanhou, em ambulância, para o hospital e, antes mesmo de ter ciência da decisão judicial, submeteu-se a exames em um laboratório particular. Ele afirma ainda que se manteve recluso em casa mesmo antes da intimação.
Destacou ainda que apenas acompanhou a mulher em um momento difícil e em estado precário de saúde. “Como exigir de um ser humano que é esposo e pai, um comportamento diverso do que teve, na tentativa de procurar socorro médico para sua esposa?”, declara na nota. Ele afirma ainda que se coloca à disposição das autoridades para esclarecimentos.
Decisão judicial
Após solicitação do governador Ibaneis Rocha, a Justiça entrou com uma ação determinando o isolamento domiciliar do paciente. Nesta quarta-feira (11/3), Ibaneis comentou o caso. “Ali existia um risco não só para os profissionais da saúde, mas para toda a sociedade, porque ele estava circulando livremente pela cidade.”
Em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, realizada na manhã de hoje, Ricardo Tavares, o secretário adjunto de assistência à saúde, afirmou que o homem usou todos os equipamentos de proteção em visitas à esposa. “Os esposo da paciente permaneceu com ela durante longo período, mesmo sendo informado do risco de contaminação e durante todo o tempo ele estava utilizando todo o equipamento de EPI necessário. Utilizando capote, utilizando luva e máscaras, só que ele já estava em contato com a paciente desde a viagem. Ele é marido da paciente, ele ficou com ela em casa também”, afirmou.
*Com informações, Correio Braziliense.