Foto: Marcelo Ferreira/cb/d.apress
É alarmante o aumento no número de casos de dengue no Distrito Federal. Nos dois primeiros meses deste ano foram registrados 7.010 ocorrências confirmadas da doença. Um aumento de 5.591 se comparado ao último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde relativo ao mês de janeiro.
O número representa um crescimento de 394,6%. Os dados atualizados foram divulgados pela pasta nesta sexta-feira (6/3). Desse quantitativo, 6.405 (91,4%) são de residentes no DF e 605 (8,6%) de outros estados. Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 160%.
A região de Ceilândia apresenta a maior alta com 737 casos registrados, seguido do Gama (559), Sobradinho II (434) e Sobradinho (413). Entre as notificações confirmadas, seis foram classificadas como graves, 127 com sinais de alarme (sintomas mais agravados) e um óbito no Guará.
Segundo Fabiano dos Anjos Martins, gerente de vigilância das doenças transmissíveis, a tendência é que o número de casos continue aumentando, em função do período de chuvas, que contribui para a proliferação do mosquito transmissor da doença. “Os índices permanecem acima do que era esperado e a tendência é que continue a subir, nesse período sazonal. O que a gente tem observado é um aumento semana após semana. Como estamos nesse período de chuvas e altas temperaturas, é um período muito propício para a proliferação e a circulação desse vírus, contaminando ainda mais pessoas”, explicou Fabiano.
Estado de emergência
Os primeiros meses de 2020 desafiam o Governo do Distrito Federal, no combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Diante do cenário atual, o governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou, no dia 24 de janeiro, um decreto que declara situação de emergência, no âmbito da saúde pública.
A medida permanece em vigor até junho. “Fica declarada situação de emergência (…) em razão do risco de epidemia de dengue, potencial epidemia de febre amarela e da possível introdução dos vírus zika e chikungunya no Distrito Federal, bem como da alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil”, detalha o decreto.
Atenção
Saiba quais cuidados tomar para evitar a doença e a proliferação do mosquito transmissor:
» Evite água parada
» Tampe baldes, caixas d’água e tonéis
» Deixe garrafas viradas para baixo e mantenha lixeiras sempre tampadas
» Coloque areia nos pratos de vasos de plantas
» Mantenha ralos e calhas sempre limpos
» Use repelente
» Acione a Vigilância Ambiental, o SLU ou a Novacap caso suspeite que um local seja potencial foco do mosquito
*Com informações, Blog Correio Braziliense.