Levantamento mostra que 44 órgãos, como ministérios e autarquias, usam o sistema de registro
Em período de ampliação no governo federal, o novo ponto eletrônico já é obrigatório em 44 órgãos e é realidade para 148.612 servidores. Os dados são de um levantamento do Ministério da Economia.
O novo Sistema de Registro Eletrônico de Frequência (SISREF) substituirá os registros manuais. A intenção do governo é que o modelo se torne obrigatório para 400 mil servidores públicos.
Por enquanto, segundo a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, a adesão dos órgãos é voluntária. Depois, o sistema passará a ser implantado nos órgãos que não solicitaram por determinação do governo. O ponto eletrônico passou a ser exigido em setembro de 2018, quando o extinto Ministério do Planejamento editou a Instrução Normativa nº 2.
Até dezembro, mais de 223 mil funcionários terão que “bater cartão”. “A implantação está sendo por adesão, ou seja, os órgãos manifestam ao Ministério da Economia o interesse em utilizar. O uso do sistema, após sua implantação, é realizado de acordo com o cronograma de cada órgão”, explica a pasta em nota.Na Esplanada, em sete dos 22 ministérios, os servidores estão obrigados a registrarem o ponto eletronicamente. O índice representa 32% do total.
Em maio do ano passado, 10 órgãos federais seriam obrigados a registrar a jornada laboral em ponto eletrônico. Os equipamentos que entraram em funcionamento em junho e custam R$ 960 mil por ano aos cofres públicos.
Veja os ministérios em que os servidores já são obrigados a bater ponto eletrônico:
Economia;
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;
Turismo;
Meio Ambiente;
Infraestrutura;
Defesa;
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A regra para o registro de ponto tem exceções. Servidores em cargos de chefia, com função comissionada (DAS) de número 4 a 6, ocupadas por funcionários do alto escalão do governo, como secretários, não precisarão registrar a jornada de trabalho. Professores das universidades federais também estão isentos da exigência.
Outros 22 órgãos também utilizam o Sistema de Registro Eletrônico de Frequência (SISREF), como a Secretaria-Geral da Presidência da República, Advocacia-Geral da União (AGU), Serviço Florestal Brasileiro (SFB), entre outros.
Veja órgãos que aderiram ao ponto eletrônico:
- Advocacia-Geral da União (AGU);
- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
- Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia;
- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação;
- Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur);
- Superintendência de Seguros Privados;
- Fundação Nacional de Saúde (Funasa);
- Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi);
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio);
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra);
- Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro);
- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan);
- Departamento Penitenciário Nacional (Depen);
- Serviço Florestal Brasileiro (SFB);
- Secretaria-Geral da Presidência da República;
- Agência Nacional de Mineração;
- Agência Nacional do Cinema (Ancine);
- Arquivo Nacional;
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
- Fundação Nacional do Índio (Funai);
- Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste.
Apesar de professores das universidades federais estarem isentos da exigência, os demais servidores terão de se submeter ao novo modelo. A Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, ainda não aderiu ao programa.
Entram no mesmo escopo institutos e fundações federais, como a Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro), em Brasília, e a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag).
Confira lista de universidades, institutos e fundações federais em que o sistema já está ativo:
Universidade Federal do Tocantins;
Universidade Federal de Uberlândia;
Universidade Federal do Amazonas;
Universidade Federal da Grande Dourados;
Universidade Federal do Sul da Bahia;
Universidade Federal de São Paulo;
Universidade Federal de Mato Grosso;
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro;
Universidade Federal de São Carlos;
Instituto Federal do Triângulo Mineiro;
Fundação Alexandre de Gusmão (Funag);
Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro);
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais;
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá.
A principal mudança na rotina é o desuso da folha de ponto manual, sistema considerado mais fácil de ser burlado. A Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, afirma que o sistema trará mais “eficiência, economia e transparência”.
A JORNADA DE TRABALHO DOS SERVIDORES PÚBLICOS É DE, NO MÍNIMO, SEIS HORAS E, NO MÁXIMO, OITO HORAS DIÁRIAS ATÉ O LIMITE DE 40 HORAS SEMANAIS.
No DF, a Secretaria de Economia tem feito adaptações ao Sistema de Registro Eletrônico de Frequência (SISREF), adotado pelo governo federal, para que a ferramenta possa ser usada por servidores de todos os órgãos do GDF.
*Com informações, Times Brasília.