Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
Operação do MP e da Polícia Civil do Rio, que teve o apoio do MPDFT, prendeu o homem na ultima segunda-feira (10/02/2020)
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) prestou apoio, nesta segunda-feira (10/02/2020), à Operação Palhares, do MP do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ).
A ação visa desarticular organização criminosa suspeita de aplicar golpe milionário contra uma empresa de plano de saúde. A força-tarefa cumpriu mandados de busca e apreensão no DF, no Rio de Janeiro, na Bahia e em Minas Gerais.
No Distrito Federal, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e de prisão de um dos envolvidos. Segundo as investigações, um dos golpes causou prejuízo de mais R$ 17 milhões à Unimed de Petrópolis. Preso em Águas Claras, Edilson Figueiredo de Souza se dizia credor da União em R$ 1,1 bilhão. Ele teria se associado a advogados para que os créditos fictícios fossem parceladamente negociados com as empresas.
MPDFT e PCDF deflagram operação contra fraude em planos de saúde
De acordo com o MPRJ, o grupo vem praticando uma série de crimes para obter dinheiro, em prejuízo alheio, desde 2012. O inquérito policial instaurado para apurar a prática de organização criminosa demonstrou que a quadrilha forjava créditos tributários de milhões de reais e os vendia pela metade do valor para as empresas reduzirem as suas dívidas junto à Receita Federal.
Darcy José Royer, preso em Uberlândia (MG), era superintendente da cooperativa médica, atuando como representante nos contratos e tendo como função ludibriar os diretores do conselho de administração com relação às supostas vantagens do contrato de cessão de créditos tributários fictícios, apresentando em assembleia documentos falsos para conferir veracidade à execução do contrato.
Já Daniel Ângelo de Paula, preso em Salvador (BA), segundo os investigadores, atuava como operador financeiro da organização criminosa, com a função de receber grande parte do dinheiro pago pela Unimed à quadrilha e dar destino ao montante.
Os acusados podem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.
No MPDFT, fizeram parte da ação o Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação também contou com o apoio do Ministério Público da Bahia (MPBA) e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
*Com informações, MPDFT.