Decisão depende que patrocinadores confirmem investimento, segundo Secretaria de Cultura. Psirico, Preta Gil e Elba Ramalho eram atrações previstas.
O palco de carnaval na Esplanada, anunciado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal há cerca de uma semana, será reformulado. A informação foi obtida com exclusividade pelo G1 e confirmada pelo gestor da pasta, Bartolomeu Rodrigues.
O projeto não será executado como foram apresentadas à imprensa no dia 30 de janeiro e, possivelmente, atrações anunciadas terão que ser canceladas. Entre os artistas previstos para animar a festa em Brasília estavam Psirico, Preta Gil, a banda Nação Zumbi e Elba Ramalho.
O secretário de Cultura explicou à reportagem que, apesar da mudança estar confirmada, ainda não sabe exatamente quais alterações serão feitas. Ele disse considerar, até, que o projeto seja integralmente cancelado.
"Ainda não sei como vamos reformular. Na segunda-feira (9) vou mergulhar nisso. Pretendo ter uma conversa com os patrocinadores e, a qualquer sinal de recuo, estou disposto a rever tudo em nome da economicidade."
No total, 20 cantores, bandas e blocos de carnaval subiriam ao palco durante os cinco dias de folia – entre sexta (21) e terça (25). Os cachês seriam pagos por patrocinadores da iniciativa privada e o GDF custearia a infraestrutura. Todos os shows seriam gratuitos.
A informação sobre o possível cancelamento do carnaval na Esplanada veio à tona menos de 24 horas após o Secretário-executivo de Cultura, Cristiano Vasconcelos, pedir demissão do cargo.
Na carta em que anunciou a exoneração, ele lamentou que o "rigor" nas ações executadas pela pasta sejam "muitas vezes mal interpretado por aqueles que ainda insistem em encarar o dinheiro público como bem particular".
Segundo Bartolomeu Rodrigues, Cristiano coordenava as negociações para a realização e entrega do novo palco. "Como ele estava à frente, achei melhor colocar um freio de mão. Tá muito perto (do carnaval) e a chance de errar fazendo as coisas com rapidez é muito grande. Não posso errar", disse.
"Peço desculpas se tiver frustrado expectativas. Eu também estava cheio de expectativas. Mas temos que trabalhar com a realidade, pensar no dinheiro público e olhar para a população."
*Com informações, G1.