Ministro da Saúde lembrou que o Hospital das Forças Armadas, em Brasília, fica perto da base de Anápolis, onde pousarão brasileiros trazidos da China
Após anunciar a repatriação de brasileiros que estão na cidade de Wuhan, na China, epicentro dos casos de infecção pelo novo coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que um dos pontos positivos da base de Anapólis, cogitada para receber esses brasileiros, seria a proximidade com o Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília.
Assim, o governo não descarta a possibilidade de que o HFA receba pacientes com sintomas vindos de Wuhan, caso seja necessário.
“Existe uma base militar, em Anápolis, que tem vantagens. Pela proximidade com o Hospital de Forças Armadas (HFA) em Brasília, com leitos que podem ser separados”, disse Mandetta, nesta segunda-feira (3/2).
Em entrevista coletiva para divulgação do boletim de casos de coronavírus no Brasil, Mandetta disse que esses detalhes não estão definidos. “Ainda não estão decididos esses detalhes. É um ponto positivo o fato de você ter essa proximidade com facilidade de tratamento”, disse.
Outras possibilidades
Na manhã desta segunda, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em entrevista à Rádio Gaúcha, disse que dentre os locais que estão sendo estudados, estão Florianópolis, Anápolis e localidades no Nordeste. Mandetta afirmou que esse local ainda não foi definido, mas quem fará essa decisão será o Ministério da Defesa.
De acordo com Mandetta, a posição do governador do estado que receberá os brasileiros repatriados também fará parte da decisão “É o governador do estado que tem que se manifestar”, completou. O governador do Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que irá se reunir com o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, com ministro e o presidente Jair Bolsonaro.
Pelas redes sociais, Caiado ainda reforçou que se a base de Anápolis for escolhida, há informações de que quem apresentar sintomas seria transportado para um hospital de Brasília. “Se a base de Anápolis for escolhida, informações preliminares apontam que quem apresentar sintomas do coronavírus seria transportado para um hospital militar de Brasília, em segurança, seguindo rígidos protocolos técnicos que preservem a integridade da saúde e vida da população”, disse.
O ministro da Saúde afirmou que não há preferência da pasta por nenhum dos lugares. “Nós queremos que seja mais seguro para essas pessoas que vem de lá e que seja mais seguro para a população de uma maneira geral […] São dois estados que tenho certeza que se sentirão honrados de fazerem parte de trazer esses brasileiros”, disse.
Mandetta reforçou que nenhum brasileiro com sintomas retornará ao Brasil. “Quem estiver com sintomas deve permanecer onde está”, completou. De acordo com o ministro, 55 brasileiros estão em Wuhan, mas apenas 40 demonstraram o desejo em voltar ao Brasil, 14 deles não tem esse interesse e um está em dúvida.
*Com informações, Times Brasília.