Primeira etapa do concurso para a área fazendária teve mais de 15 mil inscritos. Durante exame, cinco foram eliminados por infringir regras
Realizado neste domingo (02/02/2020), em Brasília, o concurso para auditor fiscal da Secretaria de Economia do Distrito Federal teve uma grande quantidade de desistentes. O Metrópoles teve acesso ao balanço parcial do acirrado certame.
Para se ter ideia, dos 15.949 inscritos, 5.605 perderam a oportunidade de disputar uma das 120 vagas para o cargo. O número representa um total de 35,14% de abstenções do total de inscritos.
Com isso, a concorrência – até então de uma média de 134 pessoas por vaga – caiu e, agora, está numa média de 86 inscritos por função disponível. “A recomposição dos quadros da receita do Distrito Federal é urgente. Trata-se de um concurso muito difícil para uma carreira que cuida da política fiscal, da arrecadação e da administração pública de uma forma geral”, disse ao Metrópoles o secretário de Economia, André Clemente.
Além do considerável número de desistentes, a coordenação do concurso registrou também ocorrências de desobediência ao edital durante as provas, o que resulta na eliminação. Até a tarde deste domingo, quando a prova ainda estava sendo realizada, cinco candidatos perderam o direito de disputar os postos: três deles por conta do telefone celular ligado que tocou durante o exame e um por usar fone de ouvido, o que é proibido conforme as regras publicadas.
Uma mulher também foi impedida a continuar fazendo o exame por abrir um chocolate. O edital só permite o consumo de alimentos guardados em sacos plásticos transparentes.
A grande concorrência para o cargo tem um motivo: auditor fiscal tem remuneração de R$ 14.970 para 40 horas semanais de trabalho. Segundo a pasta, além das 120 vagas, o certame ainda servirá para formação de cadastro reserva. Atualmente, estima-se que há um déficit de 571 auditores da área fazendária.
A seleção é realizada pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) e tem três fases, com provas objetiva e discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório; além de avaliação de vida pregressa, que é de caráter eliminatório. As provas objetivas tiveram a duração de 5 horas.
Para tomar posse, os requisitos são: diploma devidamente registrado de conclusão de curso de nível superior em qualquer área de formação ou habilitação legal equivalente e fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
*Com informações, Metrópoles.