Fuga foi registrada na madrugada desta terça-feira (28), segundo Secretaria de Segurança Pública. Polícia tenta localizar detentos.

Três presos fugiram por um buraco aberto em uma das celas do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A fuga foi registrada na madrugada desta terça-feira (28).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o trio deixou o presídio pelo bloco 1 do Centro de Detenção Provisória (CDP) – onde ficam internos que aguardam o julgamento.

Até a publicação desta reportagem, a Polícia Militar fazia buscas pelos foragidos. O caso foi registrado na 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião).

Em nota, a SSP pediu ajuda da população para o repasse de informações que possam ajudar na captura dos detentos. O contato é por meio dos canais 197 (Polícia Civil), pelo 190 (PM) e pelo telefone (61) 3234 - 4486.

Fuga por buraco

Imagens do buraco por onde os três presos fugiram foram divulgadas. A brecha foi escavada em cima da cama da cela (veja foto abaixo).

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do DF, Paulo Rogério, o número de policiais penais – que atuam no controle e escolta dos presos – não é suficiente para o número de detentos no local. Segundo ele, são 1,7 mil profissionais fiscalizando quase 17 mil presos.

Segundo o Núcleo de Inteligência da Papuda, além dos três foragidos, outros internos também demonstraram interesse na fuga. O órgão, no entanto, não deu detalhes se houve outras tentativas dos internos deixarem a prisão.

Ala interditada

O bloco 1 da Ala A do Centro de Detenção Provisória do Complexo da Papuda (CDP) foi interditado por decisão da juíza da Vara de Execuções Penais do DF, Leila Cury. A medida constatou a fragilidade da construção, após a fuga de três detentos do Complexo Penitenciário da Papuda, na noite de segunda-feira (27/1), por um buraco na parede. A Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesip) tem 120 dias para apresentar à Vara de Execuções Penais plano detalhado de obras. 

A ala onde ocorreu a fuga fica em um dos complexos mais antigos do presídio. A estrutura de tijolo e cimento tem diversos remendos. O local recebe apenas presos com idades entre 40 e 60 anos, exatamente por se tratar de um espaço considerado vulnerável, de acordo com o subsecretário Adval Cardoso, da Sesipe. Na cela em que o buraco foi aberto dormiam 12 detentos, incluindo os fugitivos André Cândido Aparecido da Silva, 40, Carlos Augusto Mota de Oliveira, 43, e Roberto Barbosa dos Santos, 41.

 “É necessária a retirada dos presos daquela ala para que a administração penitenciária providencie os devidos reparos e com a devida urgência, sobretudo para evitar a ocorrência de novas evasões”, afirma a juíza.

A magistrada autorizou o remanejo dos presos do bloco interditado, desde que sejam atendidas as características processuais e pessoais de cada um deles.

O bloqueio do prédio é autorizado pelo artigo 66 da Lei de Execução Penal. A ordem autoriza a interdição total ou parcial de estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência os dispositivos da lei.

*Com informações G1/Correio Braziliense